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Prisão preventiva foi decretada após pedido do MPGO, que considerou o crime como tentativa de homicídio e destacou histórico criminal do agressor. Agressão aconteceu sem qualquer motivação prévia
O Tribunal de Justiça Criminal de Santo Antônio do Descoberto determinou, na tarde desta sexta-feira (14/4), a prisão preventiva de Rogério Santos da Silva, que jogou um carrinho de compras em uma mulher em um estabelecimento comercial em Santo Antônio do Descoberto no dia 16 de fevereiro. A apreensão foi decretada após pedido do Ministério Público de Goiás (MPGO), que considerou a detenção como forma de evitar que o crime voltasse a acontecer. Rogério foi indiciado pelo MP por tentativa de homicídio com agravante de crime cometido pelo uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Ao utilizar o carrinho de compras, o agressor “assumiu o risco de matar a mulher, uma vez que o carrinho de compras que utilizava como instrumento do crime pesava nada menos que 24 quilos (kg) e tinha resistência suficiente para suportar uma carga de 300 kg, como atesta o laudo pericial criminal”.
O MP justifica o pedido de prisão preventiva considerando dois pontos principais: a gravidade do delito, “caracterizado pela brutalidade e covardia com que o acusado agiu contra uma mulher indefesa”; e o histórico criminal de Rogério, especialmente contra mulheres – ele foi condenado em 2021 a nove meses de prisão por violência doméstica pela Justiça de Luziânia.
O assalto não foi precedido por nenhuma situação anterior. O marido da mulher, que não quis ser identificado, disse ao Correio que o casal não conhecia o agressor e que não houve nenhuma situação anterior que tenha provocado a agressão. Os três estavam na fila do caixa do supermercado quando o incidente ocorreu. “Não houve discussão (entre a mulher e o agressor) ou algo assim. Foi puramente o que está no vídeo. Foi do nada”, disse ele na época.
O relato está confirmado nos autos do PM, que acrescenta que o casal estava atrás do agressor, que, em determinado momento, se afastou da fila e pegou um carrinho de compras, levantou-o sobre a cabeça e “aproximou-se da vítima e, sem qualquer motivo válido, atirou-lhe o carrinho, atingindo-a violentamente no lado esquerdo da cabeça”. A acusação do MP também apresenta o laudo médico e o exame corporal da vítima, que mostram que ela sofreu lesões corporais graves. No momento do ataque, o impacto do carrinho fez com que ela “permanecesse deitada e inconsciente por alguns minutos”. Quando acordou, sentiu confusão mental e forte dor nas áreas afetadas pelo objeto.
