O empresário Sidnei Piva de Jesus, dono do Grupo Itapemirim, é acusado por centenas de investidores — além das empresas Extrading Exchange & Trading Platform e Future Design Solutions Ltda, — de não devolver cerca de R$ 400 mil investidos na criptomoeda Cryp Tour. A informação é do Congresso em Foco.
Os investidores dizem não ter mais acesso à plataforma da Extrading, que foi retirada do ar, para pedir o resgate.
Nesta semana, o site revelou ainda que, apesar de acumular um prejuízo de R$ 176,33 milhões desde dezembro de 2018, Sidnei Piva de Jesus abriu neste ano uma empresa bilionária no Reino Unido no valor de £780 milhões, quase R$ 6 bilhões na cotação atual.
A SS Space Capital Group UK Ltd, diz o Congresso em Foco, tem como atividades econômicas holding de serviços financeiros, fundos de investimento, investimento aberto e fundos de investimentos imobiliários.
O Grupo Itapemirim anunciou que suspendeu temporariamente as operações de sua companhia aérea, a ITA, para uma reestruturação interna.
Ao Congresso em Foco, com exclusividade, Sidnei Piva nega que a Cryptour seja da Itapemirim, apesar de diversos documentos e vídeos de divulgação do criptoativo explicitarem a relação com a empresa.
Um trecho do Whitepaper da CTur, que é um documento oficial da empresa que serve de informe ou guia aos investidores, traz a imagem do empresário e diz claramente que “o projeto CrypTour nasceu como uma iniciativa interna de inovação em tecnologia na Itapemirim Airlines.”
Piva também nega qualquer relação com as empresas Future Design Solutions e com a Extrading Extrading Exchange & Trading Platform. A FDS aparece no diretório Whois como proprietária do domínio do site da Cryptour na internet.
“Entrei em um golpe como vários”, disse Piva, em conversa com a reportagem pelo Whatsapp. “Temos um boletim de ocorrência na delegacia especializada.”
Solicitada a cópia do boletim de ocorrência mencionado pelo empresário, até o fechamento dessa reportagem não obteve o documento.