Hacker teria agido somente 17 dias após divulgação do TrateCov, Capitã Cloroquina explicará?

Compartilhar:
Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Telegram

 

Na última ida à CPI da Covid, ao tentar minimizar a criação da plataforma TrateCov, que prescrevia cloroquina para pacientes com Covid, Eduardo Pazuello disse na CPI da Covid que a iniciativa não chegou a ser implementada e culpou um hacker por sua divulgação.

“Foi hackeado. Existe um boletim de ocorrência, uma investigação que chega nessa pessoa. Ele pegou esse diagnóstico, botou, alterou, com dados lá dentro, e colocou na rede pública”, disse Pazuello aos senadores.

Em reportagem de janeiro deste ano, a TV Brasil, emissora do governo federal, noticiou o lançamento do aplicativo. Também informou que ele já estava sendo usado em Manaus e ouviu um médico sobre sua experiência com a plataforma.

Agora, um documento acessível via Lei de Acesso à Informação desmonta ainda mais a versão apresentada pelo ex-ministro da Saúde, que deverá voltar à CPI.

Segunda uma nota técnica elaborada pela secretaria do Ministério da Saúde comandada por Mayra Pinheiro, a “Capitã Cloroquina”, uma suposta ação hacker teria ocorrido em 28 de janeiro deste ano.

“Informamos que na madrugada do dia 28/1/21 foi identificada uma possível disponibilização não autorizada da Plataforma Digital TrateCov Brasil. Assim, foram adotadas as medidas internas cabíveis, como a comunicação à autoridade responsável desta pasta ministerial e realizado por esse Departamento boletim de ocorrência para apuração dos crimes praticados pela internet, invasão de dispositivo informático”, diz o texto, assinado por Vinícius Nunes Azevedo, subordinado de Mayra Pinheiro.

A plataforma TrateCov foi divulgada para profissionais de saúde do Amazonas em 11 de janeiro, portanto, 17 dias antes da data em que o ministério alega que houve possivelmente a “disponibilização não autorizada” da plataforma.

A “Capitã Cloroquina” estará amanhã na CPI da Covid. Ela poderá tentar explicar por que um hacker teria agido após a divulgação da plataforma e, inclusive, após a sua retirada do ar — uma semana antes do dia 28. Com informações de O Antagonista.

Leia abaixo duas mensagens postadas no Twitter pelo Ministério de Saúde sobre o TrateCov em 13 e 14 de janeiro. Segundo a nota técnica da pasta, o tal hacker só teria agido no dia 28.

 

Reprodução/Ministério da Saúde/Twitter
Reprodução/Ministério da Saúde/Twitter

 

Mais lidas

EDITAL DE CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLEIA GERAL E...
Otimismo marca comércio do DF para o Dia d...
O nó da gravata
...