Guerra dos Bonés: política ou palhaçada?

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Foto: Redes Sociais

 

Ciro Gomes entra na “Guerra dos Bonés” e acirra disputa política nas redes

 

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) decidiu se inserir na polêmica da chamada “Guerra dos Bonés”, elevando ainda mais o tom da disputa política. Em uma montagem publicada nas redes sociais nesta quarta-feira (5), o político aparece com um boné amarelo estampado com a frase: “Vão trabalhar, vagabundos” – uma provocação direta aos adversários.

A confusão começou no sábado (1º), quando ministros e parlamentares da base governista compareceram à eleição da Câmara e do Senado vestindo bonés azuis com o slogan “O Brasil é dos brasileiros”. O acessório, claramente simbólico, gerou reações imediatas da oposição.

Na segunda-feira (3), na sessão solene de abertura do ano legislativo, o embate ganhou novos capítulos. Parlamentares da oposição, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), adotaram bonés verdes e amarelos com a inscrição “Comida barata novamente – Bolsonaro 2026”, transformando o acessório em um novo campo de batalha ideológico.

A repercussão foi tanta que até o presidente Lula resolveu entrar no jogo, publicando uma foto usando o boné azul. Nos bastidores, deputados de oposição acusam o novo ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira, de orquestrar a ação governista.

Enquanto a classe política se entretém com o simbolismo dos bonés, o novo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), demonstrou certo incômodo com a superficialidade do debate. “Boné serve para proteger a cabeça, não para resolver os problemas do país”, escreveu em sua conta no X (antigo Twitter).

 

Política de slogan ou marketing eleitoral barato?

O uso de bonés como ferramenta política não é novidade. Nos Estados Unidos, Donald Trump fez do acessório um ícone de sua campanha com o famoso slogan “Make America Great Again”. No Brasil, Bolsonaro e aliados, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, já foram vistos ostentando versões do boné trumpista.

No entanto, a “Guerra dos Bonés” em Brasília parece menos uma estratégia eleitoral legítima e mais uma distração conveniente. Enquanto políticos trocam farpas e hashtags, os problemas reais do país – inflação, desemprego, saúde e segurança – seguem sem solução. Afinal, o Brasil precisa de mais bonés ou de mais seriedade no debate público?

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