O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira, 15, que as tensões políticas atrapalham o andamento da economia brasileira
O detalhe é que o próprio presidente Jair Bolsonaro vem acumulando esticadas de corda. Entre as ações para conter inflação está a imperiosa missão de conter o chefe do Executivo de rompantes desnecessários de tensionamentos com o Judiciário. Claro, sem citar o nome do presidente como grande incentivador do clima tenso.
Segundo ele, o país passa pelo pior momento da inflação, pressionado por um dólar elevado, que não alivia por conta do “barulho” em Brasília e reflete no aumento do preço dos alimentos.
“O que temos que fazer agora é reduzir algumas alíquotas de importação [de alimentos], conseguir alguma tranquilidade no front político para o dólar descer”, afirmou em entrevista ao programa à Jovem Pan.
“O dólar deveria estar se acalmando. Essa narrativa política, essa guerra política, perturba o tempo inteiro o andamento da economia.”
Inflação nâo subiu?
O responsável pela equipe econômica afirmou que a alta da inflação é o novo “eixo” de críticas dos opositores do governo.
“A narrativa agora é que a inflação subiu. Não. O Brasil voltou do fundo do poço, e agora que a economia está voltando rápido, a inflação também subiu, porque a comida subiu no mundo inteiro”, disse o ministro.
Guedes evitou fazer projeções para a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) de 2022, mas afirmou que o país não vai manter o ritmo de crescimento na casa de 5% estimado para este ano.
“A realidade é hoje o Brasil é um país que está tentando justamente sustentar uma taxa de crescimento sustentável. É claro que não vai ser de 5,5%, essa foi uma velocidade de escape do buraco negro”, afirmou. “Da mesma forma que subiram em cadáveres para fazer política, vão derrubar a economia para fazer política”, disse Guedes.