O ministro da Economia, Paulo Guedes, deu o tom do mote eleitoral do presidente Jair Bolsonaro: o Auxílio Brasil durante a pandemia. Para uma plateia de empresários na noite desta 4 feira (24), em Brasília, Guedes chegou a comparar a transferência de renda brasileira com a dos Estados Unidos
“Fizemos uma transferência para 68 milhões de cadastros bancários, enquanto os EUA estão agora enviando os repasses pelos correios”, disse Guedes. Ele admitiu que é preciso equacionar o cenário político e eleitoral com o fiscal.
“As pessoas estão comendo ossos, precisamos entender. A ideia é dobrar o Bolsa Família. Vamos para as eleições um pouco acima do déficit fiscal, mas é preciso entender a dimensão política e voltada para o social.”
Os R$ 400 do Auxílio Brasil ainda dependem da aprovação da PEC dos Precatórios, prevista para ser votada no Congresso na próxima semana.
O ministro também defendeu o governo, e disse que as dificuldades econômicas são enfrentadas pelo pais há anos. “O Brasil estagnou. Não foi o governo Jair Bolsonaro que estagnou. Está estagnado há 10 anos”, disse. Guedes ainda se referiu diretamente às eleições de 2022, e disse que o processo deve melhorar após o próximo pleito: “Com a eleição no ano que vem, a ideia é melhorar”.
Guedes foi convidado de um evento promovido pelo Movimento Brasil Competitivo (MBC). O jantar, na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), reuniu os ex-ministros da Indústria e Comércio, Dorothea Werneck e Luiz Fernando Furlan. O MBC é um dos principais incentivadores das parcerias público-privadas, sendo responsável por mobilizar R$ 500 milhões em projetos.
Ao chegar ao evento, Guedes recebeu abraços calorosos de Dorothea, que foi ministra da Indústria e Comércio (1995-1996) e do Trabalho (1989-1990), nos governos Fernando Henrique Cardoso e José Sarney, respectivamente.