Greve no transporte público de São Paulo em protesto contra privatizações
Na manhã desta terça-feira (28), servidores estaduais realizaram uma greve em oposição às propostas de privatização de empresas e órgãos do serviço público em São Paulo. A paralisação afetou as linhas 15 do metrô e 10 do trem, com outras três linhas de metrô e quatro ferroviárias operando parcialmente. Professores estaduais e trabalhadores da Fundação Casa também aderiram à mobilização.
O governo estadual informou que equipes estão monitorando a adesão à greve e implementando medidas de contingência. As linhas concedidas à iniciativa privada, 4 e 5 do metrô e 8 e 9 de trens metropolitanos, operam normalmente.
Os planos de privatização envolvem a Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo (Sabesp), a Fundação Casa e a Linha 7 da CPTM. Na educação, a greve busca reverter uma proposta de alteração constitucional que reduziria o investimento no setor. O governo classificou a greve como “abusiva e política”, alegando prejuízos aos passageiros e ao comércio. O movimento, no entanto, critica os estudos para ampliar privatizações, concessões e parcerias público-privadas.
Uma liminar determina percentuais mínimos de operação durante a greve, com multas por descumprimento. O governo decretou ponto facultativo para serviços públicos, suspendeu o rodízio de veículos e garantiu o funcionamento de serviços essenciais. A Sabesp afirma ter um plano de contingência para minimizar impactos na população.