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Secretária de Educação estima que 22% dos professores aderiram ao movimento, enquanto sindicalistas afirmam que apenas 8 mil participam da greve
A secretária de Educação, Helvia Paranaguá, estimou que a greve dos professores está afetando cerca de 22% dos 36 mil profissionais que trabalham nas escolas públicas mantidas pelo governo do Distrito Federal. Durante entrevista ao programa Gente Brasília, da Rádio BandNews FM, Helvia baseou sua estimativa em um levantamento realizado pela própria secretaria e confirmado pelas estimativas dos sindicalistas que lideraram o movimento. Esses sindicalistas afirmam que apenas 8 mil professores aderiram à greve, mas Helvia considera que eles costumam “superfaturar” esses números.
A greve está prejudicando mais de meio milhão de alunos pobres e suas respectivas famílias, que estão sendo privados de aprendizado e não têm acesso às refeições asseguradas pelo programa de merenda escolar. Em muitos casos, os alunos dependem dessas refeições para sobreviver. O movimento, que é claramente de caráter político, foi iniciado dois dias após o governador Ibaneis Rocha (MDB) sancionar uma lei que ele próprio propôs à Câmara Legislativa do DF, concedendo um aumento salarial de 18% a todos os servidores, incluindo os professores.
Para Helvia Paranaguá, a greve é sobretudo “desnecessária”, uma vez que o governo do DF nunca interrompeu o diálogo e sempre esteve aberto ao entendimento. No entanto, a entidade sindical dos professores no DF é controlada pelo Partido dos Trabalhadores há décadas, o que sugere que a greve pode atender a interesses político-partidários dos sindicalistas. Essa entidade apresentou candidatura própria ao Senado, derrotada pela senadora Damares Alves (PL-DF), e apoiou o oponente de Ibaneis Rocha, que o venceu já no primeiro turno, em 2022. (DP)
