Governo teve alerta de perigo de incêndio em Cinemateca Brasileira

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O governo federal foi alertado, em diversas ocasiões, sobre o risco de incêndio na Cinemateca Brasileira.  

Diante da falta de resposta, o Ministério Público Federal (MPF) foi quem fez o aviso mais recentemente, no dia 21 de julho, em audiência de ação movida pela Procuradoria contra a União.  O Secretário Especial da Cultura, Mário Frias, mandou apurar se o incêndio foi criminoso.

Em viagem a Roma, o secretário especial da Cultura, Mario Frias afirmou hoje que o incêndio que atingiu um galpão da Cinemateca Brasileira, em São Paulo, é resultado de uma “herança maldita” deixada pelo PT, diz a Crusoé.

Ele rebateu o deputado petista Paulo Pimenta nas redes sociais, após ser criticado por estar fora do país no momento em que ocorreu o episódio.

O processo por “abandono da estrutura e do acervo da instituição responsável pela preservação e difusão da produção audiovisual brasileira” começou a tramitar em julho de 2020.

Na ocasião, o MPF já apontava para o risco do corte de verbas, que poderia causar “problemas graves”.

No texto, a Procuradoria afirmava que a situação era “preocupante”, já que a Cinemateca poderia “perder ou ver danificado todo o acervo”, caso ocorresse “um corte de energia ou uma falha no ar condicionado”.

O MPF avisava também que “os filmes em nitrato de celulose lá armazenados, altamente inflamáveis”, poderiam “entrar em combustão espontânea e ocasionar um incêndio”.

Uma avaliação preliminar do Corpo de Bombeiros aponta que o incêndio que destruiu parte do prédio nessa quinta-feira (29) à noite começou justamente em um aparelho de ar condicionado e que se espalhou para os filmes altamente inflamáveis.

Risco iminente

Ainda antes do MPF, o grupo “Cinemateca Viva”, formado por artistas e amantes da arte, já anunciava o risco iminente de incêndio no acervo. Integrante da organização, Paula Britto Agliardi afirma que as perdas são irreparáveis.

Há cinco anos, outro incêndio também consumiu parte do acervo da instituição, queimando cerca de quinhentas obras audiovisuais.

Paula aponta que a inoperância do governo federal pode ter contribuído com uma nova tragédia anunciada.  Segundo ela, os alertas foram feitos em sequência e também por meio de mobilizações públicas.

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