A intenção é ter os insumos disponíveis para consumo interno em meio à pandemia.
Após o fracasso no leilão para adquirir seringas e agulhas, o governo decidiu proibir a exportação dos materiais.
Segundo relatos feitos à CNN, empresas brasileiras têm justificado a impossibilidade de fornecer o material ao país por já estarem comprometidas com o mercado internacional.
A compra do insumo deveria estar equacionada para atender a demanda ao longo do planejamento da vacinação nacional. A busca internacional pelas seringas e agulhas em grandes proporções já era esperada.
Um estado tentou adquirir, recentemente, 9 milhões de seringas e agulhas, mas não conseguiu encontrar um fornecedor.
Em meados de abril, entrou em vigor a lei 13.993, que proibiu a exportação de ventiladores pulmonares mecânicos e circuitos, camas hospitalares, monitores multiparâmetros e equipamentos de proteção individual (EPIs) de uso na área de saúde, como luva látex, luva nitrílica, avental impermeável, óculos de proteção, gorro, máscara cirúrgica e protetor facial.
Leilão para compra de seringas
O Ministério da Saúde fracassou na primeira tentativa de comprar seringas e agulhas para a vacinação no Brasil.
Das 331 milhões de unidades que a pasta tem a intenção de comprar, só conseguiu oferta para adquirir 7,9 milhões no pregão eletrônico realizado no dia 29 de dezembro. O número corresponde a cerca de 2,4% do total de unidades que a pasta desejava adquirir.
A compra de seringas e agulhas costuma ser feita por Estados e municípios. Durante a pandemia, porém, o ministério decidiu centralizar estes insumos. A previsão do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, é iniciar a vacinação contra Covid-19 no país em fevereiro.
A Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (Abimo) afirma que desde julho alertava o ministério sobre a necessidade de planejar a compra das vacinas.