A estratégia do Palácio do Planalto para redefinir a terminologia de “live semanal” de Lula e a discrepância de audiência em relação a Bolsonaro
O Palácio do Planalto demonstra seu domínio na moldagem da narrativa jornalística ao tentar persuadir os jornalistas a abandonar a expressão “live semanal” ao se referirem ao canal de YouTube no qual o presidente mantém conversas com seu entrevistador particular, Marcos Uchoa, ex-TV Globo. Curiosamente, a alegação dos representantes do governo parece irônica, uma vez que eles frequentemente evocam o antecessor de Lula, o ex-presidente Jair Bolsonaro, que popularizou esse formato durante seu mandato. Essa iniciativa foi relatada pelo experiente jornalista Cláudio Humberto, colunista do Diário do Poder.
A principal preocupação parece ser as comparações que surgem quando se analisa a modesta audiência das transmissões de Lula em comparação com os números impressionantes de visualizações alcançados pelas lives de Bolsonaro. A média de cerca de 3 mil visualizações nas lives semanais de Lula está consideravelmente distante da média de espectadores que frequentemente ultrapassava a marca de um milhão nas transmissões ao vivo conduzidas pelo ex-presidente Bolsonaro. Essa discrepância de audiência é um tópico que tem sido amplamente debatido nas análises políticas e midiáticas, acrescentando mais um elemento à constante batalha de comunicação travada entre os dois lados do espectro político.