Governadores justificam compra de vacinas do Instituto Butantã

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Pela primeira vez desde que a vacinação contra a Covid iniciou no Brasil, cinco estados decidiram comprar imunizantes diretamente do Instituto Butantan.

Ceará, Espírito Santo, Pará, Piauí e Mato Grosso acertaram a compra de 2,5 milhões de doses de Coronavac com objetivo de acelerar a cobertura vacinal de suas populações.

Presidente do Fórum dos Governadores, o chefe do Executivo do Piauí, Wellington Dias (PT), afirmou ao Metrópoles que o grupo pediu mais de uma vez ao Ministério da Saúde para que renovasse o contrato com o Butantan a fim de ter mais doses de Coronavac disponíveis no Plano Nacional de Imunização (PNI). Entretanto, até agora não houve sinalização.

“Nós formalizamos o pedido há cerca de 90 dias, e repetimos 45 dias atrás, que com a proximidade do encerramento da meta de 100 milhões de doses, tivéssemos medidas como a renovação do contrato. O Butantan é um laboratório, está produzindo, vai vender para quem precisa”, disse Dias.

O contrato de 100 milhões de doses do governo federal com o Butantan foi concluído na semana passada. Com o fim das entregas, o instituto não tem mais obrigações contratuais pendentes com o governo federal e pôde começar a negociar vacinas diretamente com os estados.

Os governadores que recorreram aos carregamentos individuais de Coronavac estão pagando com recursos próprios a fim de acelerar a imunização de seus cidadãos. E, ao menos por enquanto, os contratos independentes vão se limitar ao imunizante da Sinovac, já que somente a União pode comprar vacinas da Pfizer, da AstraZeneca e da Janssen.

Doses extras

O Espírito Santo comprou 500 mil doses, o Piauí 200 mil, o Ceará, 300 mil, o Mato Grosso, 500 mil. Já o Pará ficará com 1 milhão. Em reuniões do Fórum de Governadores, os líderes dos estados têm afirmado que não têm recebido todas as doses que deveriam do PNI, e que há uma distribuição desigual entre o país.

O estado de São Paulo, por exemplo, já tem mais de 50% da população vacinada com as duas doses ou dose única desde o início do mês, enquanto outros estados têm índices bem menores. No Pará, no Piauí e no Ceará, o índice gira em torno de 30%.

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