Gomes enrolados. Ciro e Cid são alvos da PF na manhã desta quarta-feira (15)

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‘Atos sistemáticos de corrupção delatados resultaram em massivos ganhos para a empreiteira’, registra a investigação

 

O objetivo da operação é desmontar um esquema de fraudes, exigências e pagamentos de propinas a agentes políticos e servidores públicos decorrentes de procedimento de licitação para obras no estádio Castelão, em Fortaleza (CE), entre os anos de 2010 e 2013.

Pelo menos oitenta policiais federais cumprem 14 mandados de busca e apreensão expedidos pela 32ª Vara da Justiça Federal, em domicílios investigados nas cidades de Fortaleza (CE), Meruoca (CE), Juazeiro do Norte (CE), São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG) e São Luís (MA).

As buscas têm como objetivo apreender mídias digitais, aparelhos celulares e documentos.

Segundo a PF, ‘empresários realizaram pagamentos sistemáticos de propinas, muitas vezes disfarçadas de doações eleitorais’ aos irmãos Gomes.

Os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de lavagem de dinheiro, fraudes em licitações, associação criminosa, corrupção ativa e passiva – art. 1º da lei 9.613/98; 89 e 90 da lei 8.666/93 e artigos 288, 317 e 333 do Código Penal. O nome da operação remete em italiano ao estádio Coliseu, localizado em Roma – Itália.

Os irmãos Gomes são citados juntamente com Lúcio Ferreira Gomes, outro irmão da dupla, e três políticos que integrariam o núcleo de “agentes públicos” da organização criminosa.

O juiz Danilo Dias Vasconcelos de Almeida, revela na decisão de 92 páginas em que autoriza a Polícia Federal cumprir mandados de busca contra Ciro Gomes e o irmão dele, Ciro Gomes, por suspeitos num esquema de corrupção no Ceará.

“Os empresários (da Galvão Engenharia) realizaram/promoveram pagamentos sistemáticos de propinas, muitas vezes disfarçadas de doações eleitorais, ao então Governador do Estado do Ceará, CID FERREIRA GOMES, e seus irmãos Ciro Ferreira Gomes e Lúcio Ferreira Gomes, para viabilizar/agilizar pagamentos de obras e serviços de engenharia contratados pelo Governo do Estado do Ceará com a empresa.”

E continua: “Bem como previamente, para garantir a vitória da Construtora nos correlatos procedimentos licitatórios, mediante o pagamento de propinas aos advogados que ocuparam sucessivamente o cargo de Procurador Geral do Estado do Ceará – PGE à época dos fatos, Fernando Antonio Oliveira e José Leite Jucá Filho, tendo ambos funcionando no certame licitatório da Arena Castelão, figurando seguidamente como presidentes da Comissão Central de Concorrências do Estado do Ceará onde tramitou o certame.”

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