Goiás reage às queimadas com força total

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Foto: Reprodução

 

Governo de Goiás intensifica estratégia para prevenção e combate a queimadas na estação seca

 

 

Com a chegada da estação seca, considerada o período mais crítico para o surgimento de incêndios no Cerrado, o Governo de Goiás lançou uma mobilização ampla para prevenção e combate a queimadas em 2025. A iniciativa reúne medidas tecnológicas, operacionais e educativas, reforçando o compromisso com o meio ambiente, a saúde pública e a economia local.

Campanha “Queimadas: uma hora chegam até você”

Lançada em julho, a campanha de conscientização pública utiliza mídias tradicionais e digitais, além de peças presenciais — como painéis com grandes palitos de fósforo cenográficos que exalam fumaça — instalados em frente a escolas e hospitais. O objetivo é alertar sobre os riscos do fogo, destacando impactos na saúde, educação e no agronegócio. Em 2024, a fumaça das queimadas elevou internamentos por doenças respiratórias, suspendeu aulas e gerou prejuízos de R$ 1,5 bilhão na economia estadual.

Operação Cerrado Vivo 2025

Coordenada pelo Corpo de Bombeiros, esta operação conta com a presença de brigadas especializadas, viaturas e equipamentos modernos. A novidade da temporada é a nova Unidade Tática Florestal (UTF) para áreas de difícil acesso, além do uso de drones para monitoramento e apoio tático. A Semad adota ações de fiscalização, monitoramento, e contratação de brigadistas, em parceria com prefeituras, produtores rurais, Faeg e entidades municipais. Estas ações integram o Comitê Estadual de Gestão de Incêndios Florestais (Cefig), formado em julho de 2024.

Monitoramento e tecnologia

O Governo investiu mais de R$ 16 milhões em brigadas em oito polos regionais com cerca de 60 combatentes florestais, além de drones e veículos UTF . A Defesa Civil opera uma sala de situação e sistema de monitoramento via satélite e aplicativo para controle em tempo real. Ainda, o IMB (Instituto Mauro Borges) desenvolve o Sistema Estadual de Previsão de Queimadas (SEPQ), que aplica geoprocessamento e algoritmos preditivos para mapear áreas de risco e promover respostas antecipadas.

Contexto e resultados

Em 2024, quase 449 mil hectares foram consumidos pelo fogo em Goiás, 51,7% em áreas agropecuárias. Municípios como Formosa, Mineiros, Rio Verde e Jataí foram os mais afetados. Estimativas apontam prejuízos econômicos de R$ 1,5 bilhão — R$ 692 milhões em áreas produtivas e R$ 509 milhões em não produtivas — sem contabilizar custos indiretos em saúde pública. Em nível nacional, embora o Brasil tenha registrado redução de queimadas no primeiro trimestre de 2025, o Cerrado teve aumento de 12% na área queimada nesse período, reforçando a urgência de ações regionais específicas.

Engajamento e colaboração

Além da atuação governamental, diversas instituições se envolvem na prevenção das queimadas. Entre elas estão o Ministério Público (GAEMA), prefeituras, agricultores — especialmente pequenos produtores —, e entidades como a Faeg. Em Aparecida de Goiânia, forças locais construíram aceiros como medida preventiva, lembrando que o uso de fogo é proibido entre junho e outubro . O IMB contribui com dados essenciais por meio de seu boletim para embasar decisões estratégicas.

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