Projeto Currículo Lilás do GDF visa aumentar a empregabilidade de mulheres vítimas de violência, promovendo autonomia e segurança
O Governo do Distrito Federal (GDF) lança mais uma iniciativa para combater a violência contra a mulher, focando em reduzir vulnerabilidades econômicas. O projeto Currículo Lilás convida mulheres assistidas pelo programa Viva Flor – que oferece monitoramento e acionamento de socorro policial através de um dispositivo de segurança – a fornecerem seus currículos para empresas parceiras do GDF, promovendo sua inserção no mercado de trabalho e fortalecendo a autonomia financeira.
Desenvolvido pela Subsecretaria de Prevenção à Criminalidade da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), o Currículo Lilás integra o projeto Empresa Responsável Comunidade Mais Segura, que incentiva empresas privadas a se engajarem na segurança pública. “É uma iniciativa recente, criada dentro do contexto de responsabilidade social para que as empresas desempenhem um papel ativo na segurança pública, indo além das ações governamentais,” explica Regilene Siqueira, subsecretária de Prevenção à Criminalidade.
Mulheres assistidas pelo Viva Flor são informadas sobre o projeto ao entrar no programa e, se interessadas, têm seus currículos encaminhados para empresas parceiras, como Uber, Multiplan, Sinduscon, Funn Entretenimento, R2 Produções e Agenciauto. “A receptividade tem sido muito boa, pois muitas das mulheres que atendemos enfrentam vulnerabilidade justamente pela falta de meios de sustento próprio”, destaca Siqueira. Ela faz um apelo para que mais empresas integrem a iniciativa: “O combate à violência contra a mulher exige o envolvimento da sociedade civil. Qualquer empresa interessada em contribuir com a segurança pública e a causa das mulheres é bem-vinda.”
Além do Currículo Lilás, a Secretaria da Mulher do Distrito Federal (SMDF) implementa políticas para garantir a empregabilidade de mulheres em situação de vulnerabilidade. Em parceria com diversos órgãos, a SMDF mantém uma reserva de vagas de 4% a 8% em empresas terceirizadas para mulheres vítimas de violência, trans, quilombolas, entre outras. A secretária da Mulher, Giselle Ferreira, ressalta o compromisso do GDF: “Superar esses desafios exige um esforço conjunto entre governo, sociedade civil e setor privado para garantir que políticas públicas sejam efetivas, construindo uma sociedade justa, igualitária e livre de violência de gênero.”