GDF investe mais de R$ 3 milhões em gestão inteligente de resíduos eletrônicos

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Programa Reciclotech prevê logística reversa e recondicionamento de materiais.

 

*Larissa Azevedo

 

Com investimento de 3,2 milhões, o programa Reciclotech vai potencializar a gestão de resíduos eletrônicos. Idealizado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), o Reciclotech vai trabalhar no descarte correto desses materiais, promovendo uma série de ações educativas para democratizar o acesso à tecnologia por meio de melhorias e doações de equipamentos.

O termo de colaboração foi assinado com a Programando o Futuro, entidade instalada no Gama. A Organização da Sociedade Civil (OSC) tem experiência de mais de 20 anos e foi selecionada para acompanhar a execução do projeto pelo prazo inicial de 16 meses, em conjunto com a Secti.

 

“O Reciclotech nasce na vontade expressa no plano de trabalho da gestão de tornar Brasília uma cidade inteligente.”

Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Gilvam Máximo

 

Expectativa

Coordenador do projeto, o assessor especial da Secti, Anderson Freire, trabalha com a expectativa de que mil toneladas de lixo eletrônico sejam coletadas por ano, com potencial para criação de 100 laboratórios de informática a partir do alcance de cinco mil equipamentos doados.

Na vertente da capacitação, o plano é que, anualmente, mil jovens a partir de 14 anos passem por cursos de informática básica, manutenção de computadores, redes e robótica.

Pontos de entrega

Segundo o coordenador, hoje, o DF tem 60 pontos de entrega voluntária instalados, e organizações não governamentais captam os materiais para fazer reciclagem. “O Reciclotech vai financiar a instalação de outros 60 na capital. Isso será feito de forma estratégica, procurando atender regiões que ainda não têm PEVs’, acrescenta.

A quantidade de Pontos de Entrega Voluntária (PEVs) vai ser multiplicada
em todo o DF. Foto: Agência Brasília/Reprodução

O objetivo é promover a conscientização do descarte correto de lixo eletrônico. Segundo a Secretaria de Meio Ambiente (Sema), será possível bater a meta estipulada pelo Acordo Setorial de Eletroeletrônicos do governo federal, que é de um a cada grupo de 25 mil habitantes.

Economia circular

Depois de coletado, o produto é triado. Materiais que servem para voltar ao uso são limpos e passam por substituição de peças ou pequenos reparos para que tudo volte a ter adequadas condições de uso e seja doado a escolas, bibliotecas e demais entes selecionados em conformidade com o interesse público.

Desta forma, a partir do Reciclotech, o lixo eletrônico transformado em equipamentos recondicionados promove a inclusão digital e democratiza o acesso às tecnologias da informação.

Esse trabalho é aliado à capacitação de jovens aprendizes carentes. “É logística reversa aliada à economia circular”, resume Anderson Freire.

Soluções pelo DF

As primeiras ações já são executadas pelas cidades. No último fim de semana, um trabalho de coleta de lixo eletrônico passou por duas regiões para recolher materiais sem uso.

Uma tenda foi montada nos estacionamentos das administrações regionais do Gama e do Guará para receber produtos que estavam sem uso nas casas dos moradores. “A adesão superou as expectativas, mas a consolidação do volume depende da triagem em andamento”, finaliza a Secti.

*Estagiária sob supervisão de Maurício Nogueira

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