Estratégia questionável: Luxos presidenciais transferidos para embaixadas disfarçam redução fictícia de despesas
O Ministério das Relações Exteriores (MRE) registrou um esgotamento de R$96,2 milhões em seu orçamento de 2023 devido às viagens internacionais de Luiz Inácio Lula da Silva e sua esposa, Janja. O aumento expressivo de despesas está ligado a uma estratégia do governo Lula, que transferiu para as embaixadas parte dos luxos presidenciais, a fim de simular uma redução nos gastos dos cartões de crédito corporativos.
A coluna já havia exposto em junho a responsabilidade da embaixada brasileira em Paris (França) em arcar com a despesa de R$728 mil para cobrir 17 quartos no prestigiado Hotel Intercontinental Paris Le Grand.
A prática peculiar inclui as embaixadas locais assumindo custos que variam desde hospedagens luxuosas até detalhes como cabos de dados. A última fatura, datada de 20 de dezembro, revela que a estada de Lula no Paraguai, por 18 horas, gerou um custo de R$36,6 mil para a embaixada em Assunção.
Comparativamente, em 2022, último ano da gestão de Jair Bolsonaro, despesas semelhantes do MRE totalizaram R$54,4 milhões. A transferência desses custos para as embaixadas contribui para a aparente redução nos gastos com cartões corporativos da Presidência, criando uma narrativa de “economia” por meio de factoides.
Fonte: Diário do Poder