Gastos de Janja: política, privilégios e embate judicial

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Foto: Redes Sociais

 

Gastos de Janja viram alvo de disputa política e expõem uso da máquina pública

 

A deputada Gleisi Hoffmann (PT) e o vereador Guilherme Kilter (Novo) protagonizaram um embate nas redes sociais sobre os gastos da primeira-dama, Janja Lula da Silva. A troca de acusações escancara a mistura entre esfera pública e interesses políticos, enquanto recursos do Estado seguem sendo questionados.

Kilter entrou com uma ação popular contra a União, denunciando o que chamou de “gabinete paralelo da Janja”. Segundo ele, a primeira-dama já teria consumido R$ 1,2 milhão em viagens bancadas pelo governo e mantém uma estrutura com pelo menos 12 assessores. O vereador argumenta que não há justificativa para tamanho aparato financiado pelo contribuinte, uma vez que Janja não ocupa cargo público formal.

Diante das críticas, Gleisi Hoffmann saiu em defesa da esposa do presidente e atacou Kilter, associando-o ao ex-deputado cassado Deltan Dallagnol. “Li agora que um vereador de Curitiba moveu uma ação judicial contra ela, tão mal preparada que nem o Judiciário sabe por onde deve tramitar. Fique firme, Janja, e conte com a nossa solidariedade”, escreveu a petista. Para Gleisi, Janja sofre ataques por sua atuação em pautas sociais, como os direitos das mulheres e o combate à fome.

A fala de Gleisi escancara a estratégia já conhecida do governo petista de desviar o foco das críticas ao uso do dinheiro público, transformando-as em uma suposta perseguição ideológica. A deputada também acusou a “extrema-direita, os machistas e os preconceituosos” de atacarem Janja, ignorando o fato de que a contestação gira em torno da transparência e do uso dos recursos da União.

Kilter rebateu afirmando que a ação não tem qualquer viés machista, mas sim um objetivo claro: fiscalizar os gastos públicos. O vereador questiona o motivo pelo qual a primeira-dama precisa de uma estrutura que se assemelha a um ministério paralelo, sem ter sido eleita para qualquer cargo.

O caso ilustra mais um capítulo da polarização política brasileira, onde a fiscalização de despesas governamentais é constantemente confundida com ataques pessoais, enquanto o contribuinte segue pagando a conta.

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