Os servidores da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) decidiram nesta quinta (9), durante assembleia geral, que entrarão em greve a partir do dia 16. Greves anuais fazem parte do calendário anual de folgas na Caesb.
De acordo com os funcionários da companhia, representados pelo Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgotos do Distrito Federal (Sindágua-DF), a Caesb teria apresentado uma proposta na época da data-base, tendo voltado atrás do acordado na hora da assinatura do documento.
Uma nova proposta foi apresentada aos servidores, que a rejeitaram por unanimidade.
A Caesb divulgou uma nota em que reitera o compromisso da companhia em continuar as negociações com os servidores para que a paralisação da próxima quinta seja evitada.
“A Diretoria da Caesb apresentou proposta que contempla a manutenção dos direitos adquiridos e a correção inflacionária de benefícios que compõem a remuneração dos empregados. A proposta está de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo governador Ibaneis Rocha e é condizente com a difícil situação econômico-financeira da Empresa. Assim, a Companhia conta com a sensibilidade e o bom senso dos empregados”, diz em nota.
A paralisação dos servidores da Caesb se somará ao dos funcionários do Metrô-DF, que iniciaram a greve no dia 1º de maio.
A categoria reivindica a manutenção do acordo coletivo de trabalho, que venceu em abril. Além de pedir que a jornada de trabalho dos pilotos passe de 8 horas para 6 horas por dia e o cumprimento de sentenças judiciais.
Nesta quarta (8), o governador Ibaneis Rocha (MDB) falou sobre os indicativos de greve e as paralisações após um café da manhã com o presidente Jair Bolsonaro, governadores e líderes do Senado.
“Todos nós sabemos que não vai dar em nada, porque não existe possibilidade de se negociar nada no âmbito de salários”, afirmou.
Ainda de acordo com Ibaneis, em gestões passadas — caracterizadas por ele como socialistas e de esquerda —, foram concedidos aumentos salariais fora da proporção nacional. Segundo ele, “quando você pega um condutor de um trem de metrô, ele ganha em torno de R$ 12 mil [no DF]. Enquanto em São Paulo, ele faz o mesmo serviço e ganha R$ 4 mil”.
O governador do DF pediu a compreensão dos servidores e afirmou que sua equipe econômica está buscando caminhos para manter as contas da capital em dia.
Fonte: Diário do Poder
