França e União Europeia preocupadas com a Amazônia enquanto pressionam por normas menos flexíveis na Ferrogrão

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© Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

 

Impacto da indústria do agronegócio e preocupações ambientais contrastam com flexibilização de normas na UE

 

Por Carlos Aouck

A França, juntamente com outros países da União Europeia, mantém sua preocupação constante em relação à preservação da Amazônia, cuja essência é fundamental para garantir a produção agrícola europeia e outros produtos, como os renomados perfumes, como o Chanel No. 5. No entanto, essa preocupação se contrapõe à exploração desenfreada da floresta, que resulta na derrubada de milhões de árvores, gerando prosperidade econômica para a França, enquanto a miséria entre os povos indígenas da região só aumenta. Além disso, a extinção do Pau Rosa na Guiana Francesa destaca ainda mais a urgência em preservar a biodiversidade amazônica.

 

Recentemente, o cacique Raoni se uniu ao presidente francês Emmanuel Macron em visita ao Brasil para fazer um apelo ao presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, contra a construção da Ferrogrão. O projeto, que visa melhorar a competitividade agrícola brasileira, preocupa os agricultores franceses e americanos, que preferem impedir a utilização da ferrovia em detrimento do aumento do tráfego de caminhões na BR-163. É bom ressaltar que a ferrovia é um modal mais sustentável e não atravessa terras indígenas, argumentando que a resistência ao projeto não se trata apenas de preocupação ambiental, mas também de uma guerra econômica.

 

Enquanto isso, na União Europeia, a Comissão Europeia aprovou normas ambientais mais flexíveis para os agricultores do bloco, em resposta à pressão provocada pelos recentes protestos de camponeses em diversos países. Essa flexibilização contrasta com a legislação ambiental mais rigorosa do Brasil, gerando críticas internas sobre a disparidade de preocupações ambientais e sociais entre os países.

 

Em meio a esse cenário, o ex-presidente francês, François Mitterrand, em 1989, já destacava a necessidade de uma “Soberania relativa” da Amazônia.

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