França e União Europeia preocupadas com a Amazônia enquanto pressionam por normas menos flexíveis na Ferrogrão

Compartilhar:
Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Telegram
© Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

 

Impacto da indústria do agronegócio e preocupações ambientais contrastam com flexibilização de normas na UE

 

Por Carlos Aouck

A França, juntamente com outros países da União Europeia, mantém sua preocupação constante em relação à preservação da Amazônia, cuja essência é fundamental para garantir a produção agrícola europeia e outros produtos, como os renomados perfumes, como o Chanel No. 5. No entanto, essa preocupação se contrapõe à exploração desenfreada da floresta, que resulta na derrubada de milhões de árvores, gerando prosperidade econômica para a França, enquanto a miséria entre os povos indígenas da região só aumenta. Além disso, a extinção do Pau Rosa na Guiana Francesa destaca ainda mais a urgência em preservar a biodiversidade amazônica.

 

Recentemente, o cacique Raoni se uniu ao presidente francês Emmanuel Macron em visita ao Brasil para fazer um apelo ao presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, contra a construção da Ferrogrão. O projeto, que visa melhorar a competitividade agrícola brasileira, preocupa os agricultores franceses e americanos, que preferem impedir a utilização da ferrovia em detrimento do aumento do tráfego de caminhões na BR-163. É bom ressaltar que a ferrovia é um modal mais sustentável e não atravessa terras indígenas, argumentando que a resistência ao projeto não se trata apenas de preocupação ambiental, mas também de uma guerra econômica.

 

Enquanto isso, na União Europeia, a Comissão Europeia aprovou normas ambientais mais flexíveis para os agricultores do bloco, em resposta à pressão provocada pelos recentes protestos de camponeses em diversos países. Essa flexibilização contrasta com a legislação ambiental mais rigorosa do Brasil, gerando críticas internas sobre a disparidade de preocupações ambientais e sociais entre os países.

 

Em meio a esse cenário, o ex-presidente francês, François Mitterrand, em 1989, já destacava a necessidade de uma “Soberania relativa” da Amazônia.

Mais lidas

Colégio Olimpo doa 22 toneladas de aliment...
GDF cria novo modelo de negociação para re...
STF manda prender Carla Zambelli, que está...
...