Fogo destrói 30 milhões de hectares em 2024, 62% acima da média

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Brasil enfrenta grave crise ambiental com aumento de incêndios em 2024

 

 

Em 2024, o Brasil registrou incêndios em uma área equivalente a 30 milhões de hectares — cerca de 3,5% do território nacional —, segundo o Relatório Anual de Fogo (RAF) divulgado pelo MapBiomas, que utilizou imagens de satélite para o levantamento. Esse número representa um aumento de 10% em relação a 2023 e configura a segunda maior extensão atingida pelo fogo nos últimos 40 anos, ficando 62% acima da média histórica entre 1985 e 2024.

O bioma mais afetado foi o Cerrado, com 61% das áreas queimadas, seguido pela Amazônia (20%) e Pantanal (10%). O dado mais alarmante é que 92% das queimadas ocorreram em áreas de vegetação nativa, agravando o cenário de destruição ambiental e ameaçando a biodiversidade.

Entre os estados, o Maranhão lidera o ranking das maiores áreas queimadas, seguido por Tocantins, Pará, Bahia e Piauí. O período crítico de queimadas concentra-se entre julho e outubro, o chamado “período seco”, o que agrava a situação.

Apesar do impacto ambiental devastador, o relatório evidencia que mais de 94% dos focos de incêndio são causados por atividades humanas, sobretudo o uso do fogo na agricultura e na pecuária. Esse dado reforça a negligência governamental e a insuficiência das políticas públicas de prevenção e combate às queimadas.

Especialistas e ambientalistas alertam para a urgência de medidas eficazes que não apenas contenham o avanço do fogo, mas também promovam fiscalização rigorosa e educação ambiental, a fim de evitar que o Brasil siga na rota da destruição de seus biomas.

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