Flávio Bolsonaro critica Alexandre de Moraes e promete retorno do pai à Presidência em 2026
Durante manifestação realizada neste domingo (17) em Copacabana, no Rio de Janeiro, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) usou seu discurso para atacar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e reafirmar sua confiança na eleição de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2026. O evento reuniu apoiadores que pediam anistia aos presos pelos atos de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes, em Brasília, foram invadidas e depredadas.
Ao proclamar que “nós vamos derrotar o Alexandrismo”, Flávio inflamou a multidão, que passou a entoar gritos de “assassino, assassino”, em referência a Moraes, responsável por conduzir investigações contra opositores do governo Lula e críticos do STF.
O senador afirmou que a manifestação era uma forma de lutar pelos direitos da população e pelos “presos injustamente”. “Quem acha que não tem que vir aqui para lutar pelo seus direitos, devia pelo menos lutar pelo direito dos seus filhos, já que é isso que está em jogo aqui no Brasil.”
Flávio Bolsonaro também voltou a adotar um tom de enfrentamento ao Judiciário, alegando que a direita está sendo “bombardeada com medidas autoritárias típicas de ditaduras” e que o ato representava um passo essencial para o que chamou de “resgate da democracia”.
A mobilização em Copacabana reflete a estratégia do bolsonarismo de manter vivo o discurso de perseguição política e reforçar a narrativa de injustiça em relação aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro. O ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta investigações e processos que podem tornar sua candidatura inviável em 2026, ainda é tratado como principal líder do movimento conservador no país.
O episódio também escancara o clima de polarização e o embate direto entre o bolsonarismo e as instituições democráticas, especialmente o Supremo Tribunal Federal. Enquanto os apoiadores do ex-presidente exigem anistia, a cúpula do Judiciário reafirma que os responsáveis pelos atos golpistas devem ser punidos dentro do rigor da lei.
Diante desse cenário, a promessa de Flávio Bolsonaro sobre um possível retorno de seu pai à presidência esbarra não apenas em desafios jurídicos, mas também na necessidade de manter a base mobilizada até 2026 – uma tarefa que, ao que tudo indica, será conduzida com discursos cada vez mais inflamatórios.