Tratamento odontológico de preço elevado entre outras incompatibilidades com o estatuto da legenda foram o mote da decisão. Além disso, interessados em migrar para a legenda condicionam a saída do deputado para efetivar a transferência.
O Podemos deliberou a expulsão do deputado federal Marco Feliciano (SP) nesta segunda-feira (9), sob a acusação de ter pago tratamento odontológico, no valor de R$ 157 mil, com verba indenizada pela Câmara.
“Parece-nos, outrossim, importante destacar que entendemos por desproporcional e pouco recomendado que em pleno ano de 2019 um parlamentar ainda se utilize de recursos públicos para fins particulares, vide o caríssimo tratamento (dentário) feito pelo representado e pago com o dinheiro do povo”, informa documento do Conselho de Ética da legenda comunicado do presidente do Podemos em São Paulo, Mário Covas Neto.
Feliciano contrariou o partido pelo apoio penhorado ao presidente Jair Bolsonaro, acusações de assédio sexual no gabinete, recebimento de propina, além de pagamento a supostos funcionários fantasmas por tecer comentários ao cantor e compositor Caetano Veloso.
O parlamentar já se posicionou por acatar o que o partido decidir, pelo menos no início do mês. “Para mim o que acontecer está bom. Que o eleitor julgue o caso. Um partido expulsa um deputado por apoiar um presidente da República. Aí não tem mais o que fazer.” Cabe recurso à Executiva Nacional.
Além de se descolar de Feliciano, a legenda quer manter distância dos seguidores de Bolsonaro. A finalidade é atrair mais quadros para o Podemos. E ficar consolidado como o partido da Lava Jato, visando aumentar as bancadas tanto no Senado, quanto na Câmara. Com informações da Estadão online.