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Local de música ao vivo e cozinha mineira de primeira, ambos infeitiçantes, para muita gente origem do nome Feitiço Mineiro, o tradicional restaurante anunciou que cerrou as portas pela última vez, após 32 anos.
Localizada na 306 Norte, a casa sucumbe, como muitos bares e restaurantes em meio à forte crise provocada pelo Covid-19, que arrastou inúmeros endereços gastronômicos de Brasília de roldão.
Palco de músicos de Brasília e de vários ícones da MPB raiz, completaria 32 anos em outubro. “Com a vinda pandemia ficou impossível de manter. Fechamos logo no final de março. Chegamos a fazer delivery, mas não dava para manter”, relata a gestora Denise Pereira, que com o filho Leonardo tocou o negócio depois que Jorge Ferreira faleceu em julho de 2013.
De acordo com Pereira, ao serem autorizados a funcionar de novo o veredicto da diretoria foi dilatar o prazo para retornar com as arrumações de mesas e cadeiras ficar aberto. “Cheguei à conclusão de que eu não tinha condições de continuar. Reabrir iria exigir um investimento alto. Estou cansada, depois desses anos todos, especialmente o último, que foi muito difícil”, justificou.
Como exemplo dos cantores que passaram pela casa, de diversos gêneros musicais, são elencados Wilson das Neves e a velha guarda da Portela, além do mineiro Lô Borges. Mas na visão de Denise, o show de Baden Powell, marcado por ser o último no Brasil. Segundo ela, ele cantou com muito prazer no Feitiço Mineiro. “Um dia que ficou na lembrança de poucas pessoas que estavam lá.”
Em relação ao futuro, a empreendedora disse que há uma alternativa de passar o ponto com a marca Feitiço Mineiro consolidada no DF. Para a tranquilidade de clientes, Pereira garantiu que deverá continua com o Bar Brahma e o Bar Brasília, sobre o guarda chuva do grupo Jorge Ferreira.
