‘Falta de consideração’, diz Marcos Pontes sobre corte de 90% de cortes na Ciência

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O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, queixou-se neste domingo (10) do corte de R$ 600 milhões que sua pasta sofreu na quinta-feira (7). Em publicações no Twitter, Pontes afirmou que a medida é uma “falta de consideração”. Estaria o ministro demissionário após reclamar de Guedes?

 

Embora o corte tenha se dado pela aprovação de um Projeto de Lei no Congresso, a crítica de Marcos Pontes atinge também o ministro da Economia Paulo Guedes, já que o pedido teria partido dele. A crítica é pesada, para um aliado de quatro costados do presidente.

Nas publicações, Pontes acusa que os cortes são equivocados, ilógicos e que foram promovidos sem diálogo com a comunidade científica e o setor produtivo.

O ministro da Ciência já havia se pronunciado sobre o assunto na sexta-feira (8), em entrevista durante a 1ª Feira Brasileira do Nióbio, em Campinas (SP).

Na ocasião, disse que foi pego de surpresa pela aprovação do Projeto de Lei e que pensou em deixar o cargo, mas recuou da ideia. Também disse que espera apoio do presidente Jair Bolsonaro para recuperar o orçamento da pasta.

Caso o texto aprovado no Congresso seja sancionado, dos R$ 690 milhões que seriam destinados para o MCTI (Ministério Ciência, Tecnologia e Inovações) via abertura de crédito suplementar, apenas R$ 89,8 milhões permanecerão na pasta. O restante será dividido entre outros ministérios como o da Educação (R$ 107 milhões), da Saúde (R$ 50 milhões) e do Desenvolvimento Regional (R$ 150 milhões). Diversas entidades ligadas à produção científica criticaram o corte.

Neste domingo (10), Pontes afirmou que “a necessidade de orçamento do MCTI é pública e tem sido apresentada em todas as instâncias e ocasiões”. Reforçou que está junto com o presidente Jair Bolsonaro, mas o alertou sobre os “oportunistas de última hora”.

As críticas de Marcos Pontes coincidem com a escalada da crise de Paulo Guedes, que sofre forte pressão inclusive da base do governo no Congresso. Com a revelação de que Guedes e o presidente do Banco Central, Campos Neto, mantêm empresas em paraísos fiscais, o ministro da Economia acabou convocado a se explicar na Câmara.

 

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