Falhas no Bolsa Família e na merenda escolar do DF, aponta CGU

Compartilhar:
Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Telegram

Uma auditoria da Controladoria Geral da União (CGU), identificou falhas em dois programas sociais no Distrito Federal. Enquanto beneficiários do Bolsa Família enfrentam problemas de cadastro por falta de estrutura e de equipamentos, estudantes da rede pública estão expostos à merenda escolar com risco de contaminação.

Foram visitadas oito Centros de Referência em Assistência Social (CRAs) – que atendem cadastrados no Bolsa Família – e nove escolas. Eles também estiveram no Armazém Central da secretaria de Educação, onde estão depositados os mantimentos para os estudantes.

Em locais como a Escola Classe 5 do Cruzeiro, o CGU identificou instalações em condições inadequadas para o bom armazenamento da comida, depósitos sem ventilação e temperatura inadequada. Havia comida até dentro de caixas de papelão. Para os auditores, as condições aumentam as chances de contaminação externa.

No Armazém Central, portões mantêm espaço para passagens de roedores. Ratoeiras estavam montadas no chão para tentar impedir a invasão dos bichos. Além disso, havia também problemas nos equipamentos. Freezers e geladeiras que deveriam armazenar comida estavam sem funcionar.

A secretaria de Educação diz que está reformando cozinhas e depósitos de alimentos de 14 unidades educacionais em várias regiões da cidade. Em nota, a pasta afirma que transferiu todos os alimentos do Armazém Central para um depósito terceirizados que atende às normas técnicas de depósito.

Famílias carentes desassistidas

Nos CRAS visitados, a situação de penúria não foi diferente. As unidades funcionam sem impressora, balança e fita métrica. Quem precisa do atendimento oferecido nos centros enfrenta dificuldade. A empregada doméstica Analice Carvalho está há 3 meses sem receber o Bolsa Família por causa de problemas no sistema.

A moça diz que tenta, há dias, resolver o problema pelo serviço telefônico 156, mas sem sucesso. No local, também não há resposta. “Eles [os funcionários] remarcaram. Disseram que hoje estão em reunião, e que não iriam atender ninguém”, contou.

A catadora de lixo enfrenta o mesmo problema. “Acho muito complicado. Algumas pessoas conseguem ligar no 156, mas nem todos conseguem. E aí, bloqueiam e cortam o benefício das pessoas”, reclamou.

Segundo a auditoria da Controladoria, ficou abaixo da média nacional a taxa de acompanhamento do GDF à famílias com crianças de até 7 anos e mulheres de 14 a 44 anos que dependem do programa. Enquanto o país presta atendimento regular a 76,8% das famílias, no DF esse índice é de 41,91%.

Fontes: G1

Mais lidas

Projeto Brilho do Sol – FEHSOLNA II ilumin...
IPVA 2024: Última semana para pagamento no DF
Andrea Bocelli ao vivo: Oferta exclusiva BRB
...