Ex-aliado de Bolsonaro preso: Reviravolta no STF

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Prisão de ex-aliado de Bolsonaro: desdobramentos e incertezas em investigação de possível golpe

 

 

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro, foi preso nesta sexta-feira (22) logo após prestar depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF). A confirmação veio pela defesa de Cid à CBN.

 

Após passar por exame de corpo de delito na Superintendência Regional da Polícia Federal em Brasília, Cid foi encaminhado ao Batalhão de Polícia do Exército da Capital Federal, onde permanecerá detido. O advogado do tenente-coronel, Cezar Bittencourt, deixou a PF sem fornecer declarações à imprensa. A prisão preventiva de Cid foi determinada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, após a divulgação de um áudio pela revista Veja, no qual ele fazia ataques à PF e ao magistrado.

 

Motivos da Prisão: Cid foi detido por violação de segredo de Justiça, descumprimento de medidas cautelares e obstrução à Justiça. Os investigadores suspeitam que ele tenha enviado as mensagens para outro investigado. Os áudios sugerem que o ex-braço direito de Bolsonaro teria dito a um interlocutor que os policiais queriam que ele fizesse alegações que não correspondiam à verdade.

 

Sobre Alexandre de Moraes, a Veja relatou que Cid fez uma série de comentários sobre o andamento do processo. “O Alexandre de Moraes já tem a sentença dele pronta”, teria dito. Os áudios foram gravados após o último depoimento de Cid à PF, em 11 de março. A corporação também realizou mandados de busca e apreensão na residência do tenente-coronel Mauro Cid, localizada em um condomínio de luxo numa região nobre de Brasília.

 

Validade da Delação

 

Cid é considerado uma peça-chave na investigação sobre uma suposta tentativa de golpe liderada por Bolsonaro e membros do governo. Como o processo de delação premiada de Cid está em curso, o acordo permanece sob sigilo no STF. Ele já prestou sete depoimentos à PF. A questão sobre a validade da delação – se será rescindida ou anulada – ainda está sendo analisada tanto pelo STF quanto pela Polícia Federal e pela Procuradoria-Geral da República.

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