Petrobras e distribuidoras não gostam de lidar com o etanol porque o produto brasileiro é a maior ameaça à hegemonia da gasolina e do diesel. Ontem, com a alta abusiva da gasolina tornando o etanol mais vantajoso, faltou o produto. Vários postos de Brasília e outras cidades estenderam faixas avisando que o etanol acabou. Ao cobrar o produto, importante dono de postos de Brasília ouviu o desdém da distribuidora: “Nós somos distribuidores de petróleo e não de álcool, pô, não enche!”
A Petrobras alega “leis do mercado” para impor reajustes criminosos. Mas teme a concorrência do etanol com a gasolina que produz.
Pelas “leis de mercado”, a Petrobras deveria enfrentar não apenas a livre concorrência do etanol, mas também da gasolina importada.
O etanol sofre aumentos para não ficar mais vantajoso que a gasolina. Mas para o produtor o preço é o mesmo há mais de um ano: R$1,54. (DP)