Educação para a Felicidade: Estudantes do DF são premiados por expressarem sonhos de uma escola ideal
O auditório da Unidade-Escola de Formação Continuada dos Profissionais da Educação (Eape) tornou-se um espaço de celebração na última sexta-feira (25), durante a premiação do concurso Educação para a Felicidade. A iniciativa reuniu 320 estudantes de 16 escolas públicas do Distrito Federal, valorizando a expressão artística focada no bem-estar, sensibilidade e emoção.
O concurso convidou os alunos a representarem, por meio de desenhos, o que significa para eles uma “educação para a felicidade” e como imaginam a escola ideal. As escolas vencedoras receberam prêmios de R$ 4 mil, e os trabalhos selecionados servirão de inspiração para um projeto que será apresentado no 2º Congresso da Felicidade, previsto para agosto.
Entre os destaques estava Pedro Henrique Silva Chavier, 9 anos, aluno do 4º ano da Escola Classe 401 do Recanto das Emas. Animado, ele descreveu seu desenho:
“Nós desenhamos uma sala de aula com crianças estudando, uma parte de brincar também, e pessoas limpando a sala. É uma sala completa.”
Ao ser questionado sobre o que é felicidade, Pedro resumiu: “Alegria, poder estudar, essas coisas. A escola.”
A professora Daina da Silva Sousa, orientadora do trabalho de Pedro e seus colegas, explicou como foi o processo criativo:
“Foram duas tardes: uma para desenhar e outra para colorir. Sempre perguntava: ‘O que traz felicidade para vocês na escola?’. Eles desenhavam cada resposta.”
A sensibilidade dos estudantes chamou atenção: além das atividades de estudo e lazer, incluíram no desenho os funcionários da limpeza.
“Eles disseram que a sala limpa também traz felicidade, porque o ambiente fica prazeroso para estudar,” relatou a professora.
Para a secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, o concurso revela a escola dos sonhos pelas lentes dos próprios estudantes:
“Eles nos mostraram o que desejam e, a partir disso, vamos projetar uma escola de verdade baseada nesses sonhos.”
Coordenadora do projeto e presidente da Aliança das Mulheres que Amam Brasília (AMA Brasília), a professora Cosete Ramos destacou que a iniciativa é parte de um movimento maior que busca entender o que faz o brasiliense feliz:
“No ano passado ouvimos grandes artistas; este ano, quisemos escutar as crianças. Queremos saber: o que é aprender com felicidade?”
Os 16 trabalhos finalistas farão parte do acervo da AMA Brasília. A inspiração para o projeto vem de experiências internacionais, como o conceito de “Felicidade Interna Bruta” do Butão e o modelo educacional da Finlândia, ambos focados no bem-estar como prioridade para o desenvolvimento.
*Com informações da Secretaria de Educação