Especialista diz ver influência político-eleitoral nas ameaças de paralisações e greves dos professores no Distrito Federal.
Na avaliação de interlocutores, ainda que seja legítimo o pleito pelo reajuste, a movimentação pode ser impulsionada por denominações de esquerda, historicamente ligada à presidente do sindicato dos professores, Rosilene Correia, antiga militante do partido, que é pré-candidata ao governo do Distrito Federal, este ano.
Reservadamente, um ex-sindicalista disse acreditar que a greve pode ser agitada pela oposição com o propósito de prejudicar o governo. Porém, a suspeita é que a assembleia é apenas um palanque eleitoral montada para a sindicalista petista.
Vale lembrar, que as aulas presenciais foram retomadas na última segunda-feira (14) – e o sindicato marcou assembleia, com indicativo de greve, para a manhã desta terça-feira (21), no intuito de prejudicar o aprendizado de crianças e jovens, mas nada disso parece preocupar a sindicalista.
Vivenciamos uma pandemia e os professores do Distrito Federal ficaram longe das salas de aulas por dois anos, e a maioria deles, comprometida com a Educação, ao contrário da minoria, sempre se incomodou com essa situação.
Com a assembleia de terça, de acordo com dirigentes argumentação divulgada nas redes sociais, é “mobilizar a categoria e esclarecer a sociedade dos desafios impostos ao magistério público do DF neste ano.” – encabeça sua “lista de reivindicações” com a “recomposição salarial”, e relaciona uma série de pretextos para não dar aulas a mais de 500 mil crianças e adolescentes que necessitam da Educação como porta de saída para situação de vulnerabilidade social que vivem.
Além de justificar a greve oportunista, mencionam “segurança sanitária no ambiente escolar”, como se isso já não estivesse assegurado para a categoria.