As mudanças que Rodrigo Rollemberg promoveu na Chefia da Casa Militar e no comando do Corpo de Bombeiros podem respingar na Polícia Civil. É que os delegados estão em pé de guerra com as declarações do diretor Eric Seba. Há policiais, disse em alto e bom som o delegado-mor, que não passariam em exames toxicológicos. Em síntese, são maconheiros. Não bastasse isso, ainda segundo Seba, tem delegado que carrega mala de dinheiro de candidato.
Na gravação, Seba afirma que estava sendo chamado, pejorativamente, de “delegado vaqueiro” por alguns companheiros da corporação. Por isso, o diretor-geral diz que prefere ser isso do que ser um “delegado maconheiro” ou um “delegado carregador de malas”.
“Eu prefiro ser delegado vaqueiro, boiadeiro, do que ser um delegado maconheiro. E repito isso. E manda ele fazer o exame que quiser fazer. Diga que o desafio. Se o exame [de drogas] der negativo, eu entrego minha chefia amanhã, a chefia que eu ocupo.”, desabafa. A identidade do delegado a quem Seba se refere não foi divulgada.
O diretor-geral da PCDF também desafiou os seus opositores a “colocar o patrimônio à disposição [da Justiça]”, alegando que alguns dos chefes das delegacias estariam envolvidos em irregularidades com políticos.
“Alguns deles estão na Lava Jato. Alguns deles, até o governo passado, eram carregadores de mala do [ex-secretário de Saúde da gestão do governador Agnelo Queiroz] Rafael Barbosa”, denuncia.
Em nota, o Sindepo-DF afirma que a gravação gerou revolta durante a assembleia geral do sindicato. As afirmações feitas pelo diretor-geral foram consideradas graves. A diretoria do Sindepo cobra o esclarecimento de Seba sobre a declaração divulgada e indica que poderá tomar providências.
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Fonte: QuidNovi