Projeto inclui duplicação da capacidade de escoamento e construção de bacia de retenção no Setor de Embaixadas Norte para melhorar a qualidade da água no Lago Paranoá
Uma equipe da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal (Adasa) realizou uma visita técnica nesta sexta-feira (30) para acompanhar o progresso do projeto Drenar DF. Acompanhados por engenheiros da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap), responsável pela obra, os visitantes conheceram os detalhes da tubulação que aumentará a capacidade de escoamento na Asa Norte. A visita incluiu a bacia de retenção em construção no Setor de Embaixadas Norte, que fará parte do Parque Internacional da Paz. A rede de drenagem se estende desde as redondezas da Arena BRB Mané Garrincha, passando pelas quadras 902, 702, 302, 102, 202 e 402, cruzando o Eixo Rodoviário Norte (Eixão) e a L2 Norte, até chegar ao Lago Paranoá.
Com uma área de 37 mil m², a lagoa terá capacidade para armazenar até 96 mil m³ de água, com um volume útil de 70 mil m³. O objetivo é melhorar a qualidade da água que chega ao Lago Paranoá. O diretor técnico da Terracap, Hamilton Lourenço Filho, explicou que a ideia é que a água fique retida na bacia de retenção, permitindo que a sujeira se deposite no fundo e melhorando a qualidade da água lançada no lago.
O superintendente de Drenagem da Adasa, Hudson Rocha de Oliveira, elogiou o projeto e destacou sua importância para o meio ambiente, enfatizando a necessidade de minimizar alagamentos e melhorar a qualidade da água no Lago Paranoá. A Adasa, como órgão regulador dos serviços de saneamento básico, incluindo drenagem e lançamento de corpos hídricos, está acompanhando de perto a execução da obra.
O investimento total no projeto é de R$ 174 milhões e envolve a construção de 7,68 km de tubulação, divididos em cinco contratos. Até o momento, foram escavados 1.782 km e concretados 276 metros. Além disso, 49 dos 101 poços de visita (PVs) planejados já foram perfurados, com 27 concluídos e 22 em andamento.
A abertura das galerias é realizada pelo método tunnel liner, com a maior parte da obra sendo subterrânea e apenas os PVs visíveis, o que permite maior agilidade nos serviços com mínimo incômodo para a população. O trabalho é executado manualmente, com o uso de pás e picaretas.