As informações que circulam em Brasília é que o procurador-geral da República, Augusto Aras, vai assistir, neste final de semana, ao vídeo da reunião ministerial de 22 de abril. Já avaliará se existem diligências a serem pedidas, ou, ainda, se encaminha a investigação sobre a suposta interferência de Jair Bolsonaro na Polícia Federal para o final. O presidente será o último a ser ouvido, nesse caso.
Sabe-se também que o presidente teria alertado ou cogitado com ele que poderia substituir o ministro Marco Aurélio, que pendurará a toca no segundo semestre. Daí estar entre a cruz e a espada. Caso pretenda deixar rolar o processo envolvendo o ministro Sergio Moro e Bolsonaro, dificilmente obterá a cadeira na alta côrte.
O depoimento de Bolsonaro será o último ato do inquérito, que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). A PGR considera que o inquérito está da fase intermediária para o fim, e espera que a investigação se encerre no prazo de 60 dias.
Aras quer “formar juízo” sobre o vídeo para se manifestar sobre os próximos passos. Até agora, ele recebeu relatos de assistentes da procuradoria que acompanharam a exibição do vídeo, informa Andreia Sadi do G1.
O procurador também considera que o depoimento de Paulo Marinho era necessário, mas avalia que o inquérito só usará informações do empresário se ele revelar fatos novos. Aras tem dito, nos bastidores, que não pode transformar o vídeo “em um carnaval”.