Professor do curso de Fisioterapia da Anhanguera orienta sobre ergonomia na hora de estudar
As datas para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) se aproximam e mais de 3,3 milhões de vestibulandos se preparam para as provas dos dias 13 e 20 de novembro. A jornada de estudos na reta final que antecede os exames é imprescindível para o bom desempenho de candidatos. Especialistas ressaltam que a postura física adequada pode contribuir para o bem-estar e para a concentração nesse período.
Como explica o professor do curso de Fisioterapia da Faculdade Anhanguera, Victor Escobar, a ergonomia (ciência que estuda as interações entre indivíduos, lugares e equipamentos) pode ser a solução para auxiliar no aprendizado de estudantes. “O cuidado com a postura durante o estudo evita o cansaço físico, a dor postural e a má circulação. Com menor desgaste do corpo, a concentração do estudante melhora, uma posição correta é imprescindível para ter mais qualidade de vida”, afirma.
As diretrizes ergonômicas fazem parte de um conjunto de procedimentos relacionados à organização espacial, o objetivo é o de proporcionar qualidade de vida em atividades laborais ou estudantis. Os conceitos tomam como base a análise dos movimentos relacionados aos equipamentos de performance, como mesas, cadeiras, livros e computadores. “A postura correta organiza os músculos, as articulações e o esqueleto. Assim, o corpo como um todo, incluindo os órgãos, funcionarão adequadamente”, pontua.
A qualidade dos estudos dentro do lar dos candidatos pode ser beneficiada por mudanças simples na postura. O docente da Anhanguera destaca os cinco pontos de atenção para atividades em casa:
Local. Estudar deitado na cama ou no sofá pode representar um risco para a saúde e para o aprendizado, uma vez que o corpo relaxa e o candidato pode sentir sono. O ideal é procurar uma mesa e cadeira para essa atividade.
Membros superiores. Não é indicado ler e escrever com a cabeça apoiada na mão. Os cotovelos devem estar encostados sobre a mesa, juntos ao corpo, com os punhos e mãos formando ângulo reto, para evitar o desenvolvimento de dores crônicas.
Membros inferiores. Cadeiras ajustáveis são ideias para manter os pés no chão enquanto uma pessoa está estudando. Caso não seja acessível, alguns objetos podem funcionar como substituição, como caixas e pilhas de livros como apoio para os pés.
Tronco. É importante manter o tronco encostado na cadeira. Para auxiliar, a altura dos monitores deve estar alinhada aos olhos, para não gerar cansaço ou desgaste na região do pescoço. A sugestão é colocar uma toalha na região da lombar, favorecendo o apoio da curvatura fisiológica.
Iluminação. Com luzes fracas, é comum aproximar o rosto para leitura e forçar a musculatura do rosto, o que resulta em cansaço mental e dores físicas. O brilho do monitor deve estar regulado e a luz natural deve ser priorizada. O especialista recomenda uso de uma iluminaria de mesa que possa auxiliar na iluminação direta.