Governo Federal autoriza situação de emergência em Maceió devido a afundamento de Mina de Sal-gema
O governo federal concedeu autorização para o reconhecimento do estado de situação de emergência em Maceió, Alagoas, em decorrência dos danos causados pelo afundamento de uma mina de exploração de sal-gema operada pela Braskem. O anúncio, previsto para ser publicado hoje (1º) no Diário Oficial da União, destaca a preocupação dos órgãos de Defesa Civil em relação ao risco iminente de colapso da estrutura.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) informou que está monitorando a situação na capital alagoana, que tem enfrentado abalos sísmicos nos últimos dias devido às atividades de mineração da Braskem. O ministro Waldez Góes participou de uma reunião com a equipe da Defesa Civil Nacional, presente no local, para discutir estratégias de apoio à população afetada.
Nos bairros de Mutange, Pinheiro e Bebedouro, particularmente atingidos pelos abalos sísmicos, a prefeitura de Maceió decretou situação de emergência por 180 dias, ante a iminência do colapso da mina 18, podendo resultar no afundamento do solo em diversas áreas. A circulação de embarcações na região da Lagoa Mundaú, no Mutange, está restrita, e a área já está desocupada. A Defesa Civil de Maceió revelou que a movimentação vertical acumulada na área atingiu 1,42 metro, com velocidade vertical de 2,6 centímetros por hora.
O ministro Waldez Góes destacou o compromisso do governo em auxiliar Alagoas, mencionando que o reconhecimento da situação de emergência será feito nesta sexta-feira, com a alocação dos recursos necessários para apoiar a população afetada.
A Braskem, por sua vez, assegurou que continua monitorando a situação da mina 18, tomando medidas para minimizar o impacto de possíveis ocorrências. A área está isolada desde terça-feira, e a empresa ressaltou que a região está desabitada desde 2020. O monitoramento, com equipamentos de última geração, visa detectar movimentações no solo e possibilitar a adoção de medidas preventivas.
A empresa informou que, das 35 cavidades exploradas, nove receberam recomendação de preenchimento com areia, com cinco já concluídas. Em relação à cavidade 18, os trabalhos foram suspensos preventivamente devido à movimentação atípica no solo. A Braskem continua as atividades para tamponar e monitorar as demais cavidades, garantindo a segurança da região.