Ausente do GP de Sakhir na última semana após contrair Covid-19, Lewis Hamilton reassumiu seu carro da Mercedes nesta sexta-feira e disputou os dois treinos livres do dia na etapa. O britânico, que nunca havia ficado fora de uma prova na Fórmula 1 antes, comparou a experiência do retorno com o primeiro dia de volta à escola após as férias e se disse livre de pressão na última prova de 2020.
– Pareceu o primeiro dia de volta às aulas. Então demorou um minuto para me acostumar na primeira sessão e depois na segunda, acho que ainda estava me orientando, mas não foi muito ruim. Perdemos 40 minutos (quando o britânico relatou problemas no freio da Mercedes) no início do dia, mas conseguimos terminar a maior parte das coisas – relatou Hamilton.
O heptacampeão foi substituído em Sakhir por George Russell, titular da Williams e piloto da Academia da Mercedes. Seu retorno para a F1 ainda dependia de uma série de requisitos dos governos do Barein e dos Emirados Árabes, além dos protocolos da própria categoria, mas o britânico se recuperou e foi bem-sucedido em todas as exigências em tempo para disputar os primeiros treinos em Abu Dhabi.
Na sua primeira vez com o carro em 15 dias, na primeira sessão livre, o britânico ficou com o quinto melhor tempo e atrás do companheiro Valtteri Bottas, que foi o segundo mais rápido. Já no segundo treino, Hamilton melhorou e ficou com a segunda marca do dia, novamente atrás do colega de equipe.
O heptacampeão garantiu estar relaxado na última etapa da F1 em 2020. Embora ansioso para retornar ao carro, Hamilton ressaltou que não tem nada a provar em seu retorno para a categoria, assim como os membros de sua equipe – já que ambos conquistaram antecipadamente os heptacampeonatos de construtores e pilotos:
– Só quero vir aqui e aproveitar este fim de semana, aproveitar o que faço. Temos tido muito trabalho na fábrica e foi um privilégio correr com todos este ano. Portanto, não temos mais nada a provar. Não sinto que eu tenho nada a provar. Só estou aqui para me divertir.
No Lugar de Hamilton, Russell liderou dois treinos livres e se classificou em segundo com apenas 0s026 de desvantagem sobre Bottas. Na corrida, o britânico ultrapassou o companheiro nas duas largadas, mas sofreu com o erro da Mercedes no pit stop e um pneu furado e acabou na nona colocação, pontuando pela primeira vez. O heptacampeão teceu elogios ao conterrâneo, mas relatou estranheza com sua inédita ausência de uma corrida.
– Acho que George fez um trabalho incrível e todo mundo sabe disso. Mas foi definitivamente estranho. Nos meus 27 anos de corridas, nunca perdi uma corrida. Então, sim, um dia, escreverei um livro sobre isso. Mas, como disse, estou muito grato a voltar – confessou o titular da Mercedes.
De volta à Williams, Russell, por sua vez, esteve longe de provar do mesmo sucesso que obteve com a Mercedes; o britânico foi 16º na primeira sessão livre e concluiu o segundo treino em 18º. O piloto de 22 anos foi substituído em sua equipe na última semana por Jack Aitken, piloto reserva da Williams.
*Com informações do Globo Esporte