Governador Ibaneis Rocha (MDB), garante mais esforços em prol da melhoria na Segurança Pública do DF
A disputa à Câmara Federal por Brasília promete ser uma das mais acirradas do país. As articulações apontam para uma série de candidatos nem sempre preparados para a difícil missão de legislar, seja na área política ou da Segurança Pública do DF.
A exceção está na candidatura do ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Coronel Vasconcelos pelo partido MDB-DF.
Vasconcelos traz uma história de vida, conquistas e um legado – que o superávit estimado para o Fundo Constitucional do DF em 2022 – seja usado para reforçar os investimentos na área da Segurança Pública, na valorização dos vencimentos policiais e bombeiro da capital. Seus planos de governo incluem um orçamento estimado de R$ 11 bilhões na área da segurança.
Além das demandas urgentes de saúde, segurança, reforma tributária e desenvolvimento econômico.
“Entre esses investimentos estão aquisição de equipamentos, incremento do serviço voluntário gratificado, que é uma verba indenizatória — para a gente, remuneratória, um dos grandes problemas que a gente tem, precisamos mudar para indenizatória para nivelar com as outras forças de segurança —, construção de novas unidades policiais, aquisição de tecnologia. Mas, o principal ponto é a recomposição salarial das forças de segurança. Isso a gente precisa trabalhar urgentemente junto ao governador, ao governo federal, para que voltemos a ser as forças de segurança mais bem pagas do país”, disse o coronel, que comandou a PM por um ano, em 2021.
Para o candidato do MDB, a Polícia Militar do Distrito Federal tem a responsabilidade de cuidar da segurança da capital – que reúne a segunda maior concentração de representações internacionais do mundo – só perde para as Nações Unidas. “Hoje, temos uma defasagem salarial muito grande, que traz um prejuízo enorme pelo fato de sermos quem nós somos. A gente precisa ter forças de segurança motivadas, à altura do que a capital do país exige”, declarou o candidato a deputado federal.
Para o ex-comandante, um exemplo é o estado de Santa Catarina, no quesito valorização das forças policiais que pode ser seguido pelo DF – ao equiparar vencimentos dos oficiais da PM e dos Bombeiros, assim como de agentes e delegados da polícia civil, com as carreiras de procurador do estado e da Defensoria Pública, “trazendo normalidade, uma equidade entre essas remunerações, valorizando o servidor e que, certamente, se reflete nas ações. As forças de segurança de Santa Catarina, hoje, têm níveis de produtividade parecidos com os nossos, só que são mais bem remuneradas”, avaliou Vasconcelos.
Conquistas e parcerias
A queda dos principais indicadores de criminalidade quando esteve à frente da PM é apontada pelo coronel Vasconcelos como um dos principais legados deixados por sua gestão. O DF está entre as três unidades da Federação com melhores índices do país em crimes contra a vida — em alguns casos, o menor de toda a série histórica, como a taxa de homicídios. Também citou a queda do número de crimes contra o patrimônio (como roubo de veículos e furtos de transeuntes). “Tenho muito orgulho de dizer que comandei a corporação nesse período, e que todas essas melhorias com efetivos, tecnologia, construção de quartéis, certamente fazem parte do rol de fatores que motivam o policial para que possa, na ponta da linha, prestar um bom serviço e atingir esses números que a gente tem atingido no DF”, comentou.
Ele também aponta outras conquistas, como a entrada de mais de 1,5 mil novos policiais no curso de formação da PM e nos cursos de formação de novos oficiais, em que destaca os cursos sequenciais para sargentos, “para que possam ser promovidos a subtenente, que dá uma melhoria salarial”, além dos cursos técnicos de especialização, de operações especiais, de trânsito e de policiamento internacional.
O investimento em equipamentos também é comemorado. “Tivemos a aquisição de materiais e EPIs (equipamentos de proteção individual) para toda a corporação. Foi na minha gestão que contratamos, e que começam a chegar agora, coturnos para todos os policiais, calças táticas, japonas operacionais, estão sendo licitados porta-carregadores, coldre para as armas e, em breve, os cintos que vão ser entregues. E nós tivemos ainda a construção de novas unidades policiais”, disse Vasconcelos.
Executivo e Legislativo
Especialista em políticas públicas da área da segurança, o coronel Vasconcelos reconhece que não basta apenas a mobilização das categorias. É preciso que os poderes Executivo e Legislativo também participem da construção de soluções para questões como carreiras e salários, que dependem, na maioria dos casos, de alterações na legislação e decisão política do governador para que avancem. Nesse aspecto, o ex-comandante destaca o bom relacionamento que sempre manteve com o governador do DF, Ibaneis Rocha, que abraçou a causa dos policiais.
“Se o governador tem a competência de enviar os projetos, quem vai fazer as mudanças não é ele, é o presidente da República através de decreto ou medida provisória, ou o Congresso Nacional, por projetos de lei. Entre eles, temos o aumento do nosso salário. Um dos meus compromissos, e o governador Ibaneis já disse isso também, vai ser passadas as eleições, tratar desse assunto para trazer uma recomposição salarial que esteja à altura do que as nossas forças de segurança merecem.”
Nos vários encontros que teve com o governador do DF, Vasconcelos encaminhou as reivindicações das categorias que compõem a área da segurança pública, que foram bem recebidas pelo chefe do Executivo. “Eu estive com o governador algumas vezes neste período de campanha, conversamos sobre a questão das forças de segurança pública, e há sim, o reconhecimento de nossa parte de que a gente precisa avançar em muitos pontos ainda, e a maioria não é competência exclusiva do governador, precisa do apoio do presidente e do Congresso Nacional, mas há, além da sensibilidade, o compromisso do governador de, passadas as eleições, sentar com a gente para encontrar soluções, caminhos para solucionar essas demandas das forças de segurança. Tenho muita esperança de que isso será feito. Ele sabe que há muito a ser feito e nós vamos trabalhar para atender essas demandas das nossas categorias policiais, de bombeiros, policiais militares, civis e penais”, concluiu.