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O cientista político, Renato Botelho Machado, em entrevista exclusiva ao Tudo Ok Notícias, ressalta se as eleições fossem hoje para o governo do Distrito Federal, teria como vencedor o voto NULO. Segundo Botelho, será o ano da abstenção e do voto branco/nulo. Mas, como o voto nulo não é computado, as eleições seriam vencidas pelo Dr. Jofran Frejat (PR-DF).
Por Josiel Ferreira
Tudo Ok Notícias – Qual sua análise do cenário local para o GDF, para as eleições de 2018?
Após muito relutar e aguardar as definições do cenário local para o GDF, decidi fazer algumas avaliações com base nas pesquisas de opinião. Se as eleições fossem hoje, para o governo do DF, a eleição teria como vencedor o voto NULO. Há quem diga que 2018 será o ano da abstenção e do voto branco/nulo.
Como o voto nulo não é computado, as eleições seriam vencidas pelo Dr. Jofran Frejat (PR-DF). Mas o que vim aqui fazer é uma análise do contexto.
Em termos de popularidade, apenas dois candidatos alcançam à população, Frejat e Rollemberg. Os demais não entram nas discussões populares.
Qualquer outro candidato venceria fácil do governo mais rejeitado da história do DF.
Pesa contra Rollemberg vários pedidos de impeachment, a manipulação nas CPIs da Saúde e dos Transportes, a falta de acesso à saúde e à educação (filas de UTIs e de matrículas), falta de cuidado com a infraestrutura da cidade, entre outros pontos.
Pesa contra Frejat as companhias marcadas por denúncias de corrupção. Para Frejat, o caminho deveria se afastar por completo dos envolvidos na lava-jato e no mensalão do DEM. Frejat não deveria sequer citar o nome deles publicamente. Ao ser perguntado, deveria demonstrar que o governo será sob o comando dele, e não de corruptos.
Outro ponto que favoreceria Frejat seria se aproximar dos nomes limpos de sua coligação e emponderá-los em seus discursos e aparições. A idade também pesa contra Frejat. Para isso, deveria novamente se aproximar dos jovens de sua coligação e convidá-los para compor ainda durante a campanha.
Para as pesquisas, o cenário atual não comporta transferência de votos. Assim, Reguffe, Roriz, Arruda e Bolsonaro não terão influência decisiva no cenário para o GDF.
Tudo Ok Notícias – E a terceira via? Alguma chance?
Reguffe seria o nome ideal para retirar a hegemonia Rollemberg x Frejat, mas não é candidato. Com dificuldades para se viabilizar, eleitoralmente, Joe Valle poderia atingir esse público, mas desistiu cedo.
Alírio Neto e Izalci Lucas não romperam a barreira de 3% e já estão com o carro na rua há muito tempo. Ambos não viabilizaram suas campanhas por vários motivos. Alírio porque se juntou a um grupo que não o queria; e Izalci porque não detinha o controle do partido. Não passaram confiança ao eleitorado e, dificilmente, serão candidatos ao governo. Se forem, já podem pensar em quem vão apoiar no segundo turno.
Da chamada terceira-via, o único nome capaz de consolidar-se é Eliana Pedrosa. Eliana tem a seu favor um grande crescimento em pouco tempo de campanha. Seu partido lhe garantiu legenda. Ela não titubeou para o cargo que será candidata; vale ressaltar que o partido, inclusive, fez documento colocando-a apenas como candidata à cargo majoritário. Eliana também possui bom trato com vários candidatos de todas as vias políticas.
Tudo Ok Notícias – O que o senhor acha do Senador Cristovam Buarque?
Na minha opinião, pegou mal para todos que deixaram Cristovam ser coordenador político daquele grupo. Cristovam é conhecido por aparecer de oito em oito anos nas comunidades. Possui rejeição altíssima e colocou seus interesses acima de todos. Sua intenção é se viabilizar no grupo de Frejat. Sairão prejudicados: Rosso, Fraga, Joe Valle, Alírio e Izalci. Cristovam tem se viabilizado como um tornado na vida desses nomes e impedirá o sonho destes políticos.
Tudo Ok Notícias – Qual a conclusão do cenário eleitoral para o GDF?
A única palavra adequada para o momento é a definição de um quadro entre Frejat e Rollemberg, com pequenas chances de entrada de Eliana Pedrosa nesse cenário.
