Pacote do GDF prevê reajuste por titulação, pagamento dos dias parados e nomeação de até 3 mil concursados até 2025
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), deu um passo importante para encerrar a greve dos professores da rede pública, que já se estende há quase um mês. Em reunião realizada nesta segunda-feira (23), com representantes do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF) e membros do governo, foi apresentada uma proposta abrangente que contempla antigas reivindicações da categoria.
Entre os principais pontos, o GDF propõe reajuste nos valores pagos por titulação acadêmica (especialização, mestrado e doutorado), pagamento integral dos dias parados via folha suplementar e a nomeação de até 3 mil aprovados em concurso até dezembro de 2025. A proposta ainda será avaliada pela categoria em assembleias regionais nesta terça-feira (24), e, em seguida, em uma assembleia geral marcada para quarta-feira (25).
As negociações contam com a mediação do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), conferindo validade jurídica às propostas e estabelecendo compromissos formais ao GDF. Além disso, foi firmado com parlamentares o compromisso de criação de uma mesa de conciliação permanente, com o objetivo de prevenir novos impasses entre o governo e a categoria.
Confira os principais pontos da proposta do GDF:
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Nomeação de até 3 mil aprovados em concurso público até dezembro de 2025;
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Prorrogação do concurso atual por mais dois anos (até julho de 2027);
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Lançamento de novo concurso público com edital previsto para o primeiro semestre de 2026;
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Implementação de nova tabela de titulação a partir de janeiro de 2026: 10% para especialização/MBA, 20% para mestrado e 30% para doutorado;
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Pagamento integral dos cortes de ponto por meio de folha suplementar;
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Atualização de gratificações conforme os novos percentuais;
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Criação de mesa de conciliação permanente;
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Reajuste dos padrões salariais básicos da carreira.
A proposta marca uma guinada no posicionamento do governador Ibaneis Rocha, que em declarações anteriores havia afirmado que cortaria o ponto dos grevistas como forma de pressionar o fim do movimento. Na ocasião, disse que queria ver “quantos dias eles vão aguentar”. Também havia descartado reajustes para os professores em 2024 alegando preocupação com o equilíbrio fiscal.
A nova postura do governo, entretanto, é vista como sinal de abertura ao diálogo e valorização da educação pública no Distrito Federal. O gesto pode abrir caminho para um desfecho positivo, com o fim da paralisação e a retomada das atividades nas escolas públicas.
GDF apresenta proposta a professores com reajustes, nomeações e pagamento dos dias parados. Categoria avalia fim da greve em assembleia nesta quarta-feira (25)