Prefeito do Rio rejeita projeto que homenagearia artesãs de bonecas realistas e mantém foco na disputa pelo governo do Estado em 2026
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), vetou integralmente nesta segunda-feira (2) o projeto de lei que instituiria o “Dia da Cegonha Reborn” no calendário oficial da cidade. A proposta, de autoria do vereador Vitor Hugo (MDB), visava homenagear as artesãs que produzem as bonecas hiper-realistas, conhecidas como “reborns”, que imitam bebês com impressionante fidelidade e fazem sucesso em redes sociais e feiras de artesanato.
A decisão de Paes, no entanto, não se restringiu ao Diário Oficial. Em seu perfil no Instagram, o prefeito compartilhou o veto com um carimbo simbólico e a legenda: “Com todo respeito, mas não dá”, em tom bem-humorado e direto — característica que o político tem explorado cada vez mais nas redes. A publicação rapidamente viralizou e dividiu opiniões entre internautas.
Nos bastidores, o gesto também é interpretado como parte da estratégia de Eduardo Paes para manter-se em evidência enquanto se prepara para um novo salto político. Segundo fontes próximas, o prefeito deve renunciar ao cargo até abril de 2026 para disputar o governo do Estado do Rio de Janeiro.
E Paes entra nessa corrida com vantagem. Em levantamento divulgado pela Paraná Pesquisas em 27 de maio, o atual prefeito aparece com 57% das intenções de voto para o governo estadual, índice suficiente para garantir uma vitória já no primeiro turno. Na simulação, seus possíveis adversários Rodrigo Bacellar (União Brasil), Tarcísio Motta (PSOL) e Ítalo Marsili (sem partido) somam juntos apenas 20,3%.
Enquanto o “Dia da Cegonha Reborn” não sai do papel, o veto reforça o estilo direto e midiático de Eduardo Paes — de olho no futuro político e atento ao termômetro das redes sociais.