“A relação entre Brasil e EUA nunca esteve tão forte, o que passa pelas figuras [Donald] Trump e Bolsonaro, com certeza. Mas independentemente de quem seja eleito, nosso desejo é de continuar essa boa relação”, afirmou.
“No entanto, não tem como dizer o que será, e é arriscado eu fazer qualquer exercício de futurologia. A minha convicção e torcida pessoal é para o Trump, mas não tem como saber”, continuou o filho do presidente.
A eleição no país é indireta, por meio do Colégio Eleitoral —formado por 538 delegados, divididos proporcionalmente pelo tamanho e população de cada estado. Donald Trump e Joe Biden precisam alcançar 270 deles para se eleger.
Apesar de garantir que o objetivo é que as relações entre os países não sejam afetadas, Eduardo lembrou que Biden “deu um pouco da palha do que seria a ligação à cargo do democrata”, lembrando o episódio em que o candidato à Presidência afirmou que se uniria a outros países para criar um pacote de 20 bilhões de dólares para evitar o desmatamento na Amazônia, além de sugerir “consequências econômicas” caso o Brasil não cumpra metas de preservação.
“Essa posição é lamentável. Eu fiz uma nota de repúdio e Bolsonaro também. Certamente alguns pontos acabarão por mudar”, disse o deputado.
Eduardo comentou também sobre a visita de Mike Pompeo, secretário de Estado dos EUA, a Roraima em setembro deste ano.
A visita, que ocorreu em meio à campanha presidencial norte-americana, foi alvo de críticas de parlamentares, entre eles o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que afirmou que a conduta do governo brasileiro no episódio não “condiz com a boa prática diplomática internacional”.
Nas três horas em que esteve em Boa Vista, ao lado do ministro Ernesto Araújo, Pompeo conheceu as instalações da Operação Acolhida, que recebe imigrantes venezuelanos, e endureceu o discurso contra o presidente Nicolás Maduro, a quem chamou de “narcotraficante”.
“Essa crítica do Rodrigo Maia é totalmente infundada, não vi nenhum argumento válido. Achei muito produtiva a visita de Pompeo. Temos que a todo momento deixar Maduro em uma situação desconfortável. Ninguém que guerra, mas sanções e pressões são muito bem vindas e temos que apertar o bolso, onde pode doer mais a narcoditadura de Maduro”, afirmou Eduardo.