Pedro Malan critica PEC dos Precatórios e aponta desafios econômicos para o Brasil, incluindo questões fiscais, reformas da previdência e transição para energia verde
O economista Pedro Malan definiu a PEC dos Precatórios, elaborada e aprovada em 2021 pelo governo Bolsonaro, como uma ‘pedalada fiscal’ que transferiu um problema fiscal significativo para 2027. Malan elogiou, com ressalvas, a gestão de Fernando Haddad em relação às dívidas, que prometeu resolvê-las até o fim de seu mandato.
A PEC dos Precatórios abria espaço no orçamento limitando o pagamento de dívidas judiciais até 2026, mas Malan considerou a abordagem problemática. Ele também destacou preocupações sobre a criação de encargos financeiros e o uso de receitas transitórias para gastos permanentes.
Malan apontou a necessidade de uma visão de longo prazo nos gastos públicos, prevendo uma nova reforma da previdência devido ao envelhecimento populacional. Ele mencionou o potencial do Brasil como referência em economia verde, mas expressou dúvidas sobre a rápida transição de combustíveis fósseis para energia limpa, dada a dependência global contínua dos combustíveis tradicionais. Pedro Malan foi ministro da Fazenda e presidente do Banco Central durante o governo de Fernando Henrique Cardoso.
Fonte: CBN BRASIL