Auxílio emergencial: TCU identifica 7 milhões de pagamentos indevidos

Compartilhar:
Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Telegram
[views count="1" print= "0"]
[tta_listen_btn listen_text="Ouvir" pause_text="Pause" resume_text="Retomar" replay_text="Ouvir" start_text="Iniciar" stop_text="Parar"]

 

Conforme o órgão, 3,7 milhões desses benefícios já foram cancelados, o equivalente a 5,5% do total, o que gerou uma economia de R$ 8,8 bilhões

Nesta segunda-feira (7/12), durante audiência pública remota da comissão mista do Tribunal de Contas da União (TCU), foi informado que mais de 7 milhões de beneficiários do auxílio emergencial estavam fora do público-alvo previsto pela legislação. A comissão avalia as ações do Poder Executivo no combate à pandemia do novo coronavírus. Conforme o órgão, 3,7 milhões desses benefícios já foram cancelados, o equivalente a 5,5% do total, o que gerou uma economia de R$ 8,8 bilhões.

Os parlamentares ouviram o coordenador-geral de Controle Externo de Políticas Públicas da Secretaria-Geral de Controle Externo do TCU, Junnius Marques Arifa, que apresentou os principais destaques do Relatório de Fiscalizações em Políticas e Programas de Governo (RePP), lançado pelo órgão em outubro. Segundo Arifa, o cruzamento de dados permitiu “verificar se o benefício está indo para quem precisa”.

Para o senador Izalci Lucas (PSDB-DF), “quando o TCU chega para apurar e descobre tudo, já não tem mais jeito. O dinheiro já foi, não tem como recuperar, já passou o tempo. Eu sempre defendi uma fiscalização concomitante à execução. Não podemos mais liberar grandes recursos para determinados projetos e só deixar para verificar depois. Liberamos muito, e percebemos agora que o TCU tem uma série de críticas à execução”, disse.

Já o senador Esperidião Amin (PP-SC) quis saber quais medidas foram tomadas pelo TCU para assegurar a devolução de valores pagos indevidamente. Quem respondeu ao questionamento foi o secretario de Controle da Gestão Tributária, Previdência e Assistência Social do órgão, Tiago Alves de Gouveia Lins Dutra.

“Tirando dos que mais precisam”

O economista Hugo Passos pontua que o objetivo principal do auxílio emergencial é atender à população mais frágil da economia, os mais pobres. “Diante disso, os números mostram que milhares de pessoas receberam o benefício sem ao menos precisar, tirando dos que mais precisam. Ou seja, além de aumentar a pobreza, acabou tendo um gasto maior que o previsto”.

Ele destaca que o Brasil já está com uma dívida elevada. “A dívida/PIB deve ficar entre 96% em 2020, de acordo com o Banco Central. Para 2021, fica cada vez mais difícil a situação fiscal, mostrando que o governo precisará ter mais jogo de cintura com o Congresso em busca de aprovação mais rápida das reformas tributária e administrativa”, explica.

O economista avalia, com ressalvas, o auxílio como sendo positivo em meio à pandemia. “Ajudou milhares de pessoas e segurou um tombo mais forte da economia. No entanto, nem todo mundo que necessitava, recebeu”, avalia.

 

 

Com informações do Correio Braziliense

Mais lidas

Ayres Britto recebe Medalha Montezuma do IAB
Michelle Bolsonaro lidera corrida ao Senad...
Lula critica Fux e diz que há provas do go...
...