Queiroga afirmou, em entrevista coletiva, nesta quinta (23), que o Ministério da Saúde autorizará a vacinação contra a Covid para crianças de cinco a 11 anos, mas com prescrição médica.
“O documento que vai ao ar é um documento que recomenda a vacina da Pfizer. Nossa recomendação é que não seja aplicado de forma compulsória. Essa vacina estará vinculada a prescrição médica, e a recomendação obedece às orientações da Anvisa”, disse.
O ministro da Saúde repetiu nesta quinta-feira (23) que a pasta não pode ter pressa para começar a vacinar crianças. Segundo ele, a faixa etária registra uma baixa taxa de mortes, por isso não há urgência.
O Ministério da Saúde publicou dia 22, no Diário Oficial, o processo de consulta pública sobre vacinação de crianças. A consulta pública ficará disponível até 2 de janeiro, uma audiência pública será realizada em 4 de janeiro a decisão sobre o assunto será publicada no dia seguinte.
Um manda o outro obedece II
O presidente Jair Bolsonaro garantiu que receita médica e autorização dos pais para vacina em crianças foi sugestão dele para o ministro da Saúde, ao estilo “é simples assim: um manda, o outro obedece”, lembrando quando o ministro da pasta era Eduardo Pazuelo.
Jair Bolsonaro afirmou no domingo passado, no Guarujá, ter pedido ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que os pais e responsáveis de menores tenham de assinar um termo de responsabilidade para vacinar as crianças além da apresentação de uma receita médica.
“Trabalhamos ontem o dia todo. Comecei às 3h30 da manhã, às 4h liguei para o Queiroga e dei uma diretriz para ele. Obviamente, é ele quem bate o martelo porque é o médico da equipe. Vai passar pela Saúde”, disse.
Ele classificou de ditadores, prefeitos ou governadores que quiserem modificar a orientação.
“O que pretendemos fazer? Vacina para crianças só se autorizada pelos pais. Se algum prefeito, governador ou ditador quiser impor é outra história, mas do governo federal tem que ter autorização dos pais e uma receita médica.”
A Anvisa já autorizou na quinta passada, a aplicação da vacina da Pfizer contra a Covid em crianças de 5 a 11 anos de idade. No mesmo dia, Bolsonaro disse ter pedido, “extraoficialmente”, “o nome das pessoas que aprovaram” o imunizante.