O Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu nesta quarta feira (8) elevar a taxa Selic de 7,75% para 9,25% ao ano
O resultado era esperado pelos analistas do mercado financeiro e é o sétimo aumento consecutivo da taxa básica de juros, que chega ao maior patamar em mais de quatro anos.
O objetivo do Banco Central é conter o aumento dos preços, já que a taxa básica de juros é definida com base no sistema de metas de inflação. Para 2021, a meta central é de 3,75%. A decisão de hoje visa as metas estabelecidas para 2022, que é de 3,50%.
A última prévia do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mostrou uma inflação de 1,17% em novembro. Mas, em 12 meses, o índice já soma 10,73% – o mais alto desde fevereiro de 2016.
Além do principal instrumento para alcançar as metas de inflação, a taxa Selic é referência para todas as outras taxas da economia. Em geral, os bancos repassam os novos aumentos aos clientes. Assim, as operações de crédito ficam mais caras. E com menos dinheiro, a tendência é uma redução do consumo.
Outro impacto é no cálculo do rendimento da poupança. Pela regra instituída em 2012, se a taxa Selic for igual ou menor a 8,5%, a remuneração da poupança é de 70% da taxa básica de juros, o que dá cerca de 5,43% ao ano. Caso a Selic passe de 8,5%, o rendimento mensal é de 0,50%, ou seja, 6,17%.
Mesmo passando a render mais a partir dezembro, a modalidade continuará perdendo para a inflação e para outros investimento de renda fixa de prazos curtos.
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