Domínio das narrativas nas redes sociais pela extrema-direita pode impactar gestão do próximo governo, diz especialista

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Nova Friburgo, RJ, Brazil - August 26, 2022, Brazil: In this photo illustration a man simulates a vote in the electronic ballot box used in the elections of Brazil.

 

Estrategista político Paulo Loiola explica que esquerda precisa seguir as pautas e tendências do momento, além de combater as fakes news

 

No Brasil, segundo estudo da empresa alemã Statista, até o final de 2021, 159 milhões de pessoas tinham acesso às redes sociais todos os dias. Sendo assim,  podemos dizer que a internet tem grande poder de  influência nas decisões de milhões de brasileiros.

Após o segundo turno das eleições brasileiras, as redes sociais foram dominadas pela extrema-direita que tem contestado a veracidade da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Entre os principais assuntos estão as manifestações que têm ocorrido em todo o país, boicote a estabelecimentos comerciais que declararam apoio ao presidente eleito, discursos de ódio sobre o STF e TSE etc.

O estrategista político Paulo Loiola explica que é importante para a gestão do presidente eleito que a esquerda paute as redes sociais e tenha maior unidade nas manifestações digitais. “As redes influenciam diretamente a opinião pública, o que pode atrapalhar a governabilidade junto ao legislativo e dificultar aprovação de leis ou direcionamento das ações”, pontua o especialista.

“A esquerda precisa investir na formação de quadros que entendam as novas dinâmicas de comunicação e avançar nas estratégias de combate a Fake News”, afirma.  “Focar no monitoramento das ações da extrema-direita, entrar mais rápido nas pautas e tendências do momento, diversificar as redes dos seus influenciadores, entre outras ações”, completa Loiola.

Após ser derrotado nas urnas, o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) apareceu publicamente apenas uma vez  e, ao contrário dos outros chefes de estado do Brasil em anos anteriores, não reconheceu diretamente a vitória de Lula. “O silêncio é estrategicamente construído para não ser acusado de inflar os manifestantes anti-democráticos e demonstrar que não aceita o processo, pois se falar vai precisar reconhecer a vitória”, analisa o estrategista.

“O bolsonarismo sofreu um baque forte e busca os mais radicais para manter o movimento vivo. Uma vitória nas redes facilita a volta de Bolsonaro  ao poder. Além disso, diria que essa atuação dos bolsonaristas mais radicais pode ser a gestação de algo ainda mais à direita do atual presidente, e que deve-se monitorar as lideranças que virão desses movimentos”, finaliza Loiola.

Sobre a Baselab

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