Documentos do FBI reforçam delação sobre esquema de joias de Bolsonaro

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Jair Bolsonaro e Mauro Cid. (Foto: Secom)
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Diretor-Geral da PF afirma que documentos do FBI reforçam delação de ex-ajudante de ordens de Bolsonaro

 

 

Em uma entrevista à CNN, o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Passos Rodrigues, declarou que documentações fornecidas pelo Federal Bureau of Investigation (FBI) corroboram a delação premiada do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid. As informações se referem ao esquema ilegal de venda de joias da Presidência da República.

 

Rodrigues destacou que parte das informações do FBI já chegou ao Brasil, e mais documentos devem ser recebidos em breve. Ele ressaltou que o processo é lento, dependendo das autoridades centrais dos dois países. O diretor-geral da PF afirmou que as documentações recebidas fortalecem as provas relacionadas à delação e colaboração premiada.

 

A PF solicitou a assistência do FBI em agosto, e, em outubro, o governo dos EUA autorizou o órgão a investigar transações realizadas por aliados de Bolsonaro no país. Rodrigues informou que a PF já identificou manifestações financeiras ilegais, e os envolvidos serão responsabilizados ao término das investigações.

 

Na delação, Mauro Cid afirmou ter entregue dinheiro ao ex-presidente proveniente da venda de joias recebidas pela Presidência no exterior. A venda das peças, inicialmente destinadas ao acervo da União, foi omitida dos órgãos públicos e negociada para enriquecimento ilícito, conforme apontam as investigações.

 

O diretor-geral da PF ressaltou que a delação de Cid proporcionou elementos consistentes para a investigação do esquema ilegal de joias. Cid foi preso em maio em uma operação que investigava dados falsos de vacinação da covid-19 e, após a homologação da delação, foi liberado em setembro.

 

Além das informações sobre as joias, Cid também implicou Bolsonaro no esquema de fraudes nos cartões de vacina e detalhou o funcionamento do “gabinete do ódio” no Palácio do Planalto, onde mensagens contra instituições democráticas eram difundidas por assessores da Presidência. A delação apresenta desafios para Bolsonaro, dada a proximidade e influência que Cid teve durante os quatro anos do governo anterior.

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