Senac-DF promove inclusão de pessoas com autismo no mercado de trabalho
A professora Maristela Nunes de Oliveira, de 52 anos, descobriu que é autista há três anos, após décadas de diagnósticos equivocados. Há quase 30 anos, ela leciona cursos técnicos de tecnologia no Senac-DF e relata que recebe apoio institucional para desempenhar suas funções. “O Senac tem um olhar especial para as necessidades individuais, o que faz toda a diferença”, afirma.
Outro exemplo de inclusão é o de Luís Felipe Lima Sena Sales, de 23 anos, que integra o Programa Inclui Senac. Diagnosticado com TEA ainda na infância, o jovem conquistou uma vaga na área administrativa de um hospital particular após participar da iniciativa. “Aqui sou respeitado, aprendo rápido e gosto muito do meu trabalho”, destacou.
O Programa Inclui Senac prepara e insere pessoas com deficiência no mercado, ampliando oportunidades e atendendo à legislação de cotas. “É um círculo virtuoso: os participantes saem com formação e emprego garantido, as empresas recebem profissionais produtivos e o Senac cumpre sua missão de inclusão produtiva”, explica Vitor Corrêa, diretor regional do Senac-DF.
A iniciativa está alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, que preveem emprego pleno e produtivo para todas as pessoas, além de remuneração justa. Para especialistas, como a coordenadora do MPT Danielle Olivares Corrêa e a presidente da Comissão de Defesa das Pessoas com Autismo da OAB/DF Flávia Amaral, ainda é necessário ampliar a fiscalização e o combate ao capacitismo para garantir que a lei de cotas seja plenamente cumprida.
Com ações como o Inclui Senac, o Senac-DF se consolida como referência na promoção da equidade, da acessibilidade e da empregabilidade para pessoas com deficiência e autismo.
Fonte: Correio Braziliense