Rollemberg e Capelli na mira: bastidores da tentativa de barrar o crescimento do BRB
Após o Banco Central (BC) rejeitar, na última quarta-feira (3), a aquisição do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB), crescem as acusações de que a decisão teve forte viés político. O movimento, segundo interpretações, teria sido articulado por nomes ligados ao PT e seus aliados — entre eles o ex-governador Rodrigo Rollemberg, Ricardo Cappelli, Fernando Haddad (Fazenda) e Rui Costa (Casa Civil) — todos figuras que, historicamente, enfrentam sucessivas derrotas eleitorais no Distrito Federal.
Nesta sexta-feira (5), um áudio divulgado nas redes sociais expôs a participação direta de Rollemberg e de seu pupilo político, Ricardo Cappelli, atual presidente da ABDI. Na gravação, Rollemberg admite ter denunciado a operação do BRB:
“Então, nós denunciamos essa compra. Essa compra é totalmente contrária aos interesses da população do Distrito Federal. Não tinha cabimento nenhum o BRB comprar por R$ 2 bilhões um banco que muitos diziam que era um banco falido, todo enrolado”, afirma Rollemberg.
A fala, contudo, contrasta com o histórico de sua própria gestão. Foi durante o governo Rollemberg que um presidente do BRB acabou preso, fato que ainda hoje mancha sua administração. Além disso, sua passagem pelo Palácio do Buriti ficou marcada por episódios graves, como o desabamento de um viaduto no Eixão — com prejuízo de R$ 12,8 milhões —, o aumento das tarifas de ônibus e a crise hídrica que deixou Brasília sob racionamento por 513 dias.
Outro silêncio incômodo da esquerda no DF envolve o maior rombo da história da Previdência Social, com desvios bilionários no INSS que tiveram origem em esquemas ligados ao partido de Rollemberg e Cappelli. Ainda assim, a dupla prefere mirar contra o avanço do BRB em vez de prestar contas sobre os próprios escândalos.
Os números recentes da instituição mostram o motivo do incômodo. Apenas no primeiro semestre de 2025, o BRB registrou lucro de R$ 518 milhões — crescimento de 461% em relação ao mesmo período do ano anterior. Com a aquisição do Master, o banco saltaria para a 9ª posição entre os maiores do país, ampliando a concorrência num setor dominado por gigantes financeiros.
Ao que tudo indica, o sucesso do BRB tornou-se alvo de velhas raposas políticas que tentam travar seu crescimento, já de olho nas eleições de 2026. Mas o jogo pode ser mais difícil do que imaginam: a população do DF, cansada de manobras e retrocessos, parece cada vez mais vacinada contra esse tipo de trama.
Veja o vídeo que circula nas redes sociais: